O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (28) que o presidente Michel Temer não tem pressa em escolher o nome do novo líder do governo no Senado que vai substituir Romero Jucá (MDB-RR). Segundo Padilha, a decisão será tomada no momento necessário. Ontem (27), Jucá anunciou sua saída da liderança.
Na avaliação de Padilha, a saída de Jucá “é uma perda”, mas é compreensível que ele tenho tido que fazer uma opção entre ficar como líder do governo ou ficar como líder daqueles que lhe deram o mandato de senador, se referindo à população de Roraima. O estado enfrenta dificuldades com o grande número de imigrantes venezuelanos que chegaram ao Brasil fugindo da crise no país vizinho.
“Temos que compreender a situação dele lá no seu estado. A população do estado está pregando uma posição diferente daquilo que a gente tem adotado. Estamos adotando aquilo que legalmente entendemos que seja o necessário e ele teve que fazer uma opção entre ficar como líder do governo ou ficar como líder daqueles que lhe deram o mandato de senador e preferiu ficar como líder daqueles que lhe deram o mandato. Compreensível”, disse Padilha em entrevista a jornalistas, após cerimônia no Palácio do Planalto.
Sobre a escolha de um novo nome, Padilha disse que quando o Senado retomar as atividades regulares o presidente Temer já terá escolhido o novo líder. Questionado se estaria descartada a permanência do vice-líder, Fernando Bezerra (MDB-PE), no posto, o ministro respondeu que não, mas que Temer ainda não fez a escolha: “Não significa dizer que não fica o vice-líder. Pode ficar o vice-líder. Mas o presidente ainda não escolheu. Ele vai escolher no momento em que seja o necessário”.
Saída da liderança
Ontem (27), o senador Romero Jucá (MDB-RR) anunciou a saída da liderança do governo no Senado, após desentendimentos com o Palácio do Planalto sobre as respostas que o governo federal tem dado à crise de Roraima com a entrada de imigrantes venezuelanos. Jucá avalia que o governo deveria fechar temporariamente a fronteira do estado com a Venezuela, por onde entram os imigrantes do país vizinho.
O objetivo, segundo ele, seria evitar que Roraima entrasse em “colapso”. O presidente Michel Temer e ministros, no entanto, vem declarando que não tem a intenção de limitar a entrada dos venezuelanos no país por questões humanitárias e também em função de acordos internacionais dos quais é signatário.