Cotidiano

Belém confirma sarampo como causa de morte de bebê venezuelano

O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, e a Secretaria Municipal de Saúde confirmaram hoje (26) o sarampo como a causa de morte de um bebê venezuelano de quatro meses, na madrugada de sexta-feira (24). A criança foi interna...

O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, e a Secretaria Municipal de Saúde confirmaram hoje (26) o sarampo como a causa de morte de um bebê venezuelano de quatro meses, na madrugada de sexta-feira (24). A criança foi internada no mesmo dia nesta unidade, encaminhada pelo Hospital Municipal Mário Pinotti, na capital paraense, onde, desde 17 de agosto, vinha sendo acompanhada com um quadro de febre, conjuntivite, manchas pelo corpo e pneumonia. Os exames realizados também apontaram sintomas de H1N1.

O primeiro atendimento ao bebê ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Terra Firme, um dos mais populosos da periferia de Belém, onde foi levantada a possibilidade de sarampo e colhido material para exames. Numa primeira análise, dois dias antes da morte, a hipótese chegou a ser descartada.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica da cidade informou que mantém “vigilância ativa para os casos de doenças exantemáticas (com manchas avermelhadas na pele), como o sarampo” e ressaltou que todos os casos suspeitos são monitorados, seguindo o protocolo do Ministério de Saúde.

Em 2018, de acordo com dados oficiais, foram notificados 18 casos suspeitos de sarampo. Oito foram descartados e dez estão em investigação. “Dos casos em investigação, quatro tiveram a sorologia positiva para sarampo, mas aguardam confirmação pelo exame de biologia molecular que é realizado pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro”, informou, em nota, a secretaria municipal. O órgão ainda assegurou que os casos em investigação “são todos importados e em venezuelanos indígenas da etnia Warao”.

Como o sarampo é uma doença infecciosa e altamente contagiosa, podendo ser transmitida pela fala, tosse e espirro, todas as pessoas que viviam próximo da criança foram vacinadas.