Cotidiano

ANA vai atualizar informações do Atlas Brasil Abastecimento de Água

Após revelar que 55% dos municípios brasileiros poderiam sofrer com a falta d'água até 2035, a Agência Nacional de Águas (ANA) contratou um novo levantamento para atualizar as informações do Atlas Brasil Abastecimento Urbano de Água. O objetivo dos e...

Após revelar que 55% dos municípios brasileiros poderiam sofrer com a falta d’água até 2035, a Agência Nacional de Águas (ANA) contratou um novo levantamento para atualizar as informações do Atlas Brasil Abastecimento Urbano de Água. O objetivo dos estudos é dar continuidade ao diagnóstico sobre a situação da oferta de água e a dos esgotos.

A pesquisa, que vai também fornecer dados novos para o aplicativo Água e Esgoto, possibilitará a medição de quanto dos investimentos aferidos foram efetivados desde a primeira edição do atlas, em 2011.

As três empresas participantes do consórcio – Engecorps Engenharia S.A, TPF engenharia Ltda e Profill Engenharia e Ambiente – terão dois anos para concluir o trabalho. O contrato para atualização dos dados foi divulgado nesta quinta-feira (23) pela ANA. Segundo o órgão, o levantamento apresentará dados sobre os sistemas produtores de água em 2020, além de projeções para 2025 e 2035. As informações sobre os 5.572 municípios brasileiros também serão avaliadas sob a ótica do tratamento de esgoto.

Sistema Cantareira

Durante a crise hídrica, São Paulo usour água do chamado “volume morto” do Sistema Cantareira – Divulgação/Sabesp

No ano passado, o Atlas Esgoto revelou que 45% dos brasileiros não têm acesso a esse tipo de sistema de tratamento e que seria necessários investir quase R$ 150 bilhões até 2035 para universalizar os serviços e diminuir a carga orgânica despejada sistematicamente nos rios. Já o Atlas Abastecimento, divulgado em 2011, revelou que 55% das 5.565 cidades então existentes poderiam sofrer déficit no abastecimento de água nos próximos 20 anos.

Duas das áreas consideradas vulneráveis na época foram as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, que em 2014 e 2015 sofreram com crises hídricas que levaram os governos a adotar racionamento e usar a água de suas reservas estratégicas, chamadas de “volume morto”.