Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados da Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público do Rio e o Ministério Público de São Paulo, realizaram hoje (2) a Operação Água Negra, com a finalidade de prender uma quadrilha que furtava combustível em dutos da Transpetro, subsidiária da Petrobras, na região metropolitana no Rio e revendia no interior de São Paulo.
A ação terminou com três presos, sendo dois no Rio e um em São Paulo. Foram apreendidas três armas, documentos, telefones celulares, além de equipamentos utilizados para a perfuração de dutos da Transpetro, principalmente na Baixada Fluminense. O objetivo era cumprir ao todo, cinco mandados de prisão e 21 de busca e apreensão.
De acordo com o Ministério Público, a investigação teve início em agosto de 2017, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no veículo em que estavam Bruno de Paiva Santos e Jorge Felipe da Silva Paes, onde foram encontrados R$ 48 mil e três válvulas de contenção de líquidos – objetos utilizados nos furtos de combustíveis de oleodutos.
De acordo com a denúncia, análises telefônicas autorizadas pela Justiça demonstraram que os criminosos agiam com frequência. Eles conversavam sobre as ações feitas com sucesso e comentavam com frustração sobre um vazamento provocado durante um furto em agosto de 2017.
A denúncia descreve dois núcleos da organização, um em cada estado. Os denunciados Bruno Santos, Jorge Paes e Manoel de Andrade Maia integravam o núcleo do Rio, responsáveis pela escolha dos oleodutos, perfuração, retirada do combustível e comercialização.
Já em São Paulo estava um dos líderes do grupo, Claudionor Inácio da Silva, principal comprador do combustível furtado e responsável pela comercialização no mercado ilícito. A investigação apurou que Claudionor utilizava empresas das quais é sócio para “esquentar” notas fiscais e dar aparência de legalidade no transporte do produto furtado.
O Ministério Público do Rio requereu o compartilhamento das provas com o MP de São Paulo para investigação do envolvimento da organização com uma explosão ocorrida no dia 5 de julho de 2017, em Itaquaquecetuba (São Paulo), em decorrência de vazamento provocado por furto de combustível de um oleoduto.
A Transpetro informou que acompanha as investigações e alerta que denúncias sobre movimentação suspeita nas faixas de dutos ou em terrenos próximos podem ser feitas pelo número 168.