A prefeitura do Rio de Janeiro informou, por meio de nota à imprensa, que a Justiça do Rio de Janeiro foi induzida a erro por “colocações distorcidas e fora de contexto” por parte da imprensa, em sua decisão sobre o prefeito Marcelo Crivella. O juiz Rafael Cavalcanti Cruz, da 7ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determinou ontem (16) que o prefeito carioca pare de utilizar a máquina pública para interesses pessoais ou de grupos religiosos.
Caso Crivella contrarie a decisão judicial, o magistrado ameaça afastar o prefeito do cargo. Segundo a nota, as medidas anunciadas pela Justiça “não guardam correlação com a atuação da administração municipal, que tem primado pela inclusão e pelo aumento de oportunidades para todos. Informa ainda que irá esclarecer todas as dúvidas eventualmente apontadas”.
De acordo com a nota, a prefeitura se mostra preocupada com o possível afastamento de Crivella. “Um prefeito democraticamente eleito pelo voto popular não pode ser afastado de suas funções de forma preventiva, salvo por decisão do Poder Legislativo ou no caso de haver prejuízo para a apuração, circunstância reconhecidamente inexistente até pela própria decisão”.
Para a prefeitura a imprensa faz colocações distorcidas sobre o prefeito, o que incentiva e propaga um sentimento de intolerância religiosa.
A prefeitura encerra a nota informando que demonstrará que não houve na atual gestão qualquer ação irregular “ou que destoe do que usualmente era praticado pelas administrações municipais anteriores, razão pela qual acredita no esclarecimento dos fatos e na atuação da Justiça”.