Cotidiano

França e Croácia são escaladas com força máxima para a final da Copa

Os técnicos Didier Deschamps e Zlatko Dalic divulgaram as escalações para a final da Copa do Mundo, entre França e Croácia, e as duas seleções entrarão com força máxima na disputa do título no Estádio Luzhniki, em Moscou (às 12h de Brasília). Com o v...

Os técnicos Didier Deschamps e Zlatko Dalic divulgaram as escalações para a final da Copa do Mundo, entre França e Croácia, e as duas seleções entrarão com força máxima na disputa do título no Estádio Luzhniki, em Moscou (às 12h de Brasília).

Com o veterano goleiro Lloris como capitão, os ‘Bleus’ terão em campo os laterais Pavard e Lucas Hernandez, os zagueiros Varane e Umtiti, além de Kante, Pogba e Matuidi no meio de campo, e Griezmann, Mbappé e Giroud no ataque.

Já a Croácia terá como titulares o goleiro Subasic, os laterais Vrsaljko e Strinic, os zagueiros Lovren e Vida, os meias Brozovic, Rakitic e Modric, além de Perisic, Rebic e Mandzukic no ataque. 

Expectativa

Na Croácia, os torcedores esperam com grande expectativa o começo da final da Copa do Mundo.

Na praça central de Zagreb, estão sendo feitos os últimos preparativos para que milhares de pessoas acompanhem, apesar da chuva, a principal partida de futebol da história de seus jogadores.

O monumento central, do conde e governador Josip Jelacic (1801-1859), foi adornado com dezenas de bandeiras croatas e insígnias da seleção. Em todo o centro histórico da cidade, são ouvidos cânticos patrióticos dos torcedores, inclusive nos bondes, também enfeitados.

Croatas torcem por um título inédito da Copa do Mundo

Croatas torcem por um título inédito da Copa do Mundo – Peter Powell/EFE/EPA/Direitos reservados

As estações de rádio e televisão emitem canções que normalmente são entoadas apenas nos estádios, além de comentários otimistas. A imprensa escrita, por sua vez, está totalmente dedicada à final, que será disputada no estádio Luzhiniki, em Moscou.

Muitas pessoas nas ruas estão vestidas com a camisa da seleção ou com algum artigo que remeta à equipe. Todos já consideram os jogadores heróis por terem levado à decisão um país que se tornou independente há 26 anos.

Otimismo

Entre fortes medidas de segurança, a França aguarda com grande expectativa e otimismo a final da Copa do Mundo, quando a seleção do país entra em campo para enfrentar a Croácia, buscando a sua segunda estrela.

O jornal Le Parisien lembra a importância de apagar o “fantasma” da derrota na decisão da Eurocopa de 2016, quando os “Bleus” também eram favoritos, mas acabaram perdendo para Portugal por 1 a 0 em casa. A torcida do país vive um “perigoso otimismo”, acreditando que a decisão será diferente desta vez.

Segundo uma pesquisa publicada no dominical Le Journal du Dimanche, 84% dos entrevistados acreditam que a França vencerá a Copa, com 51% afirmando que a campanha da seleção influenciou positivamente em seu próprio ânimo.

Além disso, 31% confiam que uma eventual vitória francesa teria efeitos positivos no crescimento econômico do país, e 25% acreditam que o título favoreceria o espírito nacionalista.

Três anos depois dos atentados em Paris, que mataram 130 pessoas e ameaçaram dividir o país, e um ano após as eleições que desenharam uma França rachada entre centros urbanos e províncias, a miscigenação do time de Didier Deschamps oferece um espelho que pode ajudar a reconciliar a nação.

Pesquisas revelam que franceses estão otimistas com vitória de sua seleção na final da Copa do Mundo de 2018

Pesquisas revelam que franceses estão otimistas com vitória de sua seleção na final da Copa do Mundo de 2018 – Caroline Blumberg/EPA/EFE/Direitos Reservados

As capas dos principais jornais nacionais e regionais destacam o desejo do título mundial. “Tragam a taça!” é a manchete do Sud Ouest, estampando a imagem de Deschamps com o troféu de 1998, quando foi capitão dos “Bleus”. “Façam-nos sonhar”, pede o Ouest-France.

Apesar da esperança, as autoridades não esquecem a constante ameaça terrorista e se preparam para o “caráter excepcional” de uma possível comemoração, como definiu na sexta-feira o ministro do Interior, Gérard Collomb.

O país mobilizou para este fim de semana quase 110 mil agentes de forças de segurança, 44 mil bombeiros, 143 unidades antidistúrbio e outras agências dispostas a atuar em caso de ameaça. Os trabalhos começaram neste sábado, com a celebração da Queda da Bastilha.

Só na capital, a área reservada aos torcedores no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, receberá cerca de 90 mil pessoas, que acompanharão o jogo em quatro telões, na companhia de 4 mil policiais. Existem também, pelo menos, outras 200 zonas espalhadas pela França destinadas a quem quer assistir o confronto, em cidades como Bordeaux, Lyon e Marselha.

A partida também será transmitida no Stade de France, em Saint-Denis, ao norte de Paris, para que os espectadores do show de Beyoncé e Jay-Z possam acompanhar os “Bleus”.