Polícia Civil desarticula quadrilha que roubava carros na região metropolitana

Nos crimes, os ladrões chegavam a usar um homem e uma mulher como se fossem um casal para não chamar atenção das vítimas.

Uma quadrilha que roubava quase uma dezena de carros por mês na região metropolitana de Porto Alegre foi desarticulada e presa na manhã desta segunda-feira (27). Nos crimes, os ladrões chegavam a usar um homem e uma mulher como se fossem um casal para não chamar atenção das vítimas.

A investigação apontou que a organização criminosa desarticulada hoje era comandada de dentro da PASC (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas). Dois criminosos gaúchos teriam se aliado a catarinenses e organizado o esquema de roubo, transporte e adulteração dos veículos roubados.

Segundo o delegado Thiago Bennemann, foram três meses de investigação que apontaram que os suspeitos roubavam os veículos, adulteravam os sinais e levavam para Santa Catarina. “As ordens para os roubos eram dadas por um dos suspeitos que já se encontra preso em Charqueadas”, afirmou.

“Quem executava as ações era um casal, para não levantar maiores suspeitas”, conta o delegado. Em Santa Catarina os policiais encontraram um laboratório para a adulteração dos veículos”, concluiu o delegado.

Na ação, chamada de Rota Proibida, que contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, foram cumpridos 23 ordens judiciais entre mandados de busca e apreensão e mandados de prisão em Canoas, Gravataí, Charqueadas, Araranguá/SC e Içara/SC. Ao total, oito pessoas foram presas.

Uma pistola, um simulacro de pistola, drogas e um aparelho plotter, que imprimia as letras das placas falsas, foram apreendidos. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão temporária. Oitenta policiais, entre gaúchos e catarinenses, realizaram a ação.

Assaltantes tinham “clientes”

Os roubos eram encomendados pelo modelo do carro por “clientes” em Santa Catarina. Os carros subtraídos no Rio Grande do Sul eram levados para o estado vizinho, sempre à noite, para não chamar atenção das autoridades de trânsito pela dificuldade de identificação do veículo.

No estado vizinho, os carros eram vendidos por R$ 1,5 mil e, depois de clonados, revendidos por até R$ 7 mil para os receptadores.

Para roubar os veículos, a quadrilha usava um homem e uma mulher, sempre armados, que ficavam de mãos dadas, simulando ser um casal. A tática visava tirar a atenção das vítimas e facilitar os roubos.