A assembleia da categoria municipária realizada na noite passada na Casa do Gaúcho decidiu pela suspensão da greve a partir das 7h da manhã desta terça-feira (19), e pela retomada do estado de greve. Também ficou definido que poderá haver nova assembleia na quarta-feira (20), às 18h, caso a Câmara decida, neste mesmo dia, priorizar a votação dos projetos de lei que atacam os servidores municipais.
Como forma de ampliar a mobilização da categoria e esclarecer a população sobre o que o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) qualifica como ataques de Marchezan aos servidores e aos serviços públicos, foram definidas panfletagens na quinta-feira (21), às 17h, no Centro, e sexta-feira (22), ao meio-dia, nos locais de trabalho que se organizarem para tal atividade.
A assembleia decidiu, ainda, realizar reunião do Fórum das Entidades no dia 26, em local e horário a serem definidos, e aprovou moção dos trabalhadores da Fasc contra “a antecipação da assembleia”. A realização de assembleia foi definida no comando de greve da última sexta-feira, em função da retirada da priorização na tramitação dos projetos definida pelo governo municipal no dia 13, dia seguinte à assembleia da categoria. Com a decisão de suspender a greve, estão canceladas a caminhada e a assembleia que haviam sido marcadas para esta terça-feira.
Protestos no Paço e na Câmara
A greve da segunda-feira foi um dia de mobilizações categoria. O Simpa e os profissionais se manifestaram contra os projetos que retiram direitos dos municipários e contra a falta de reajuste desde o ano passado. O protesto também serviu para chamar atenção da população para a gravidade da situação de sucateamento dos serviços públicos e a importância de resistir e barrar este processo.
Durante a manhã, a categoria se reuniu no Paço Municipal, de onde saiu em caminhada no início da tarde para a Câmara Municipal acompanhar a sessão plenária. Os servidores e servidoras lotaram as galerias da Casa, reafirmando aos vereadores a necessidade de derrotar os projetos. Ao todo, nove tratam diretamente da carreira dos servidores; outro possibilita a privatização do Dmae, sendo dez os PLs que atacam a categoria e os serviços públicos.
Com a mudança na priorização da pauta da Câmara, a expectativa é que sejam votados, primeiramente, projetos que tratam de questões fiscais e tributárias, tais como revisão de benefícios fiscais, criação de cadastro de inadimplentes, criação de Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas, recolhimento de dívidas consolidadas referentes à despesa de exercícios anteriores, criação e extinção de fundos públicos e atualização da planta genérica de valores do IPTU.