Cotidiano

Sindicatos dos servidores de Porto Alegre e dos médicos discutem ação conjunta

Preocupados com os projetos que, conforme os sindicatos, são prejudiciais aos servidores, representantes da direção do Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) visitaram, na terça-feira o presidente do Simers (Sindicato Médico do RS), Paulo de Argollo Mendes. A pauta tratou da articulação de uma ação conjunta das entidades e o fortalecimento da mobilização da categoria municipária na luta contra os projetos de lei apresentados pelo prefeito Nelson Marchezan Jr.

As entidades manifestaram preocupação especial com o futuro do serviço público. Ambas as diretorias afirmam que a gestão Marchezan produz a crise do município, intensificando as dificuldades financeiras e precarizando os serviços públicos como forma de justificar futuras privatizações e contratações terceirizadas. “O objetivo é atender aos interesses de setores empresariais em detrimento das necessidades da população. Neste sentido, o prefeito tem como alvo principal de seus ataques os servidores, foco de resistência ao seu projeto”, dizem as entidades.

Para enfrentar este processo, o Simpa propôs ações conjuntas especialmente focadas no diálogo com a Câmara Municipal e com os servidores e servidoras para formar uma barreira à aprovação dos projetos, que tramitam em regime de urgência e que deverão ser votados até julho.

Os diretores do Simpa, Luciane Pereira e Alberto Terres, destacaram o papel que a mobilização da categoria teve no ano passado, quando a greve de 40 dias resultou em importante apoio dos vereadores e da população retardando, assim, a tramitação do PLs. O Simpa espera conseguir a adesão de, ao menos, 22 vereadores que, no ano passado, assinaram ofício se comprometendo a votar contra os projetos. Argollo destacou a disposição do Simers em somar esforços em defesa da saúde pública e contra o pacote.