Paralisação da Carris e Trensurb devem ocorrer até o fim do dia

A Carris e a Trensurb decidiram recorrer à Justiça para garantir a circulação de ônibus e trens, respectivamente, no final da tarde e durante a noite desta quarta-feira, 15. Para as duas empresas – que são as mais afetadas pela paralisação contra o PL (projeto de lei) 4330 que aumenta as terceirizações – há abusividade de greve. Para as categorias, a reivindicação é justa e será mantida até a meia-noite.

A Trensurb afirmou, por meio de nota, que “encontra-se à disposição da categoria para que o serviço seja restabelecido a qualquer momento, de forma a cumprir decisão judicial, que determinou, no final da tarde de ontem, funcionamento pleno do metrô nos horários de pico”. A decisão dos metroviários de desrespeitar a decisão judicial foi antecipada pelo Plantão RS e irá continuar até o final do dia, independente da interpelação da empresa na Justiça. A circulação de trens só deve ocorrer amanhã, às 5h
Já a Carris pede a liberação do portão da garagem da empresa, que está fechado desde as 4h da manhã, e o retorno imediato dos funcionários ao trabalho. Os rodoviários querem negociar uma pauta de reivindicações, como por exemplo, o abono do dia parado. A Carris diz que não irá negociar corte de pontos e ameaça com demissões caso a paralisação passe de hoje. Os rodoviários rebatem, dizendo que não voltam ao trabalho até, no mínimo, a meia-noite. A circulação deve ocorrer, também, só amanhã.

Conforme a companhia, apenas 51 ônibus – dos 345 habituais – circularam em Porto Alegre durante o horário de pico da manhã de hoje, que será repetido entre 17h30 e 19h30. Os outros três consórcios (Conorte, STS e Unibus) suprem a falta dos coletivos da autarquia, fazendo as linhas T6, 343, T11, T1 e T4.