Motoristas que trabalham no serviço de transporte individual de passageiros Uber realizaram um protesto na tarde desta terça-feira em vias centrais de Porto Alegre. Eles se manifestaram após a morte do colega Moisés Doring Jeski, 33 anos.
Ele teve o corpo localizado por populares perto de uma quadra de futebol do Parque Chico Mendes, na zona Norte de Porto Alegre. A principal suspeita é de que ele tenha sido assaltado e, depois, morto por meio de asfixia. O carro do representante comercial, que fazia transporte de passageiros na Uber e Cabify, foi encontrado acidentado em Viamão.
Conforme informações da Ampritec (Associação dos Motoristas Privados e de Tecnologia da Capital), são, em média, dois assaltos a motoristas que trabalham por aplicativos em Porto Alegre. A manifestação dos motoristas nas ruas da Capital, além de pedir Justiça, critica a opção de pagamento em dinheiro das corridas e a falta de dados cadastrais na Uber.
A manifestação teve início por volta das 15h, em dois pontos da Capital. O primeiro foi do Largo Zumbi dos Palmares até a Prefeitura de Porto Alegre e o segundo saiu da avenida Padre Cacique, próximo do Estádio Beira-Rio, e foi na sede do DML (Departamento Médico Legal) de Porto Alegre, na avenida Ipiranga e seguiu até o Jardim Botânico.
Um grupo permaneceu no local até às 18h35, quando o corpo de Moisés deixou o DML em direção ao Cemitério Memorial da Colina, em Cachoeirinha, onde será sepultado. O velório tem início às 22h e o sepultamento está previsto para às 9h desta quarta-feira.
O protesto causou um nó no trânsito das principais avenidas do Centro de Porto Alegre. O túnel da Conceição teve congestionamento e pontos de lentidão desde 16h. Também houve transtornos para quem seguia para o Centro pela Mauá.
Na Ipiranga, os motoristas dos aplicativos Uber e Cabify bloquearam duas das três pistas da avenida, causando congestionamento para quem pretendia seguir para a zona Leste. Após a manifestação em frente da Prefeitura, o outro grupo foi pela avenida João Pessoa, em direção à Ipiranga.
Até da publicação deste texto, os protestos continuavam.
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