Cotidiano

Circulação de coletivos é retomada em Porto Alegre após 4h de protesto de rodoviários

Rodoviários ligados ao sindicato da categoria não realizaram os primeiros horários de linhas das empresas Navegantes, Sopal e Nortran, além da VAP.

A zona Norte e parte da zona Leste de Porto Alegre amanheceram sem transporte público nesta sexta-feira (17). Rodoviários decidiram paralisar as atividades por cerca de 4h30. O motivo é a demora para a negociação do dissídio coletivo da categoria. Não houve bloqueio das garagens.

Os veículos das empresas Navegantes, Sopal e Nortran, além da VAP (Viação Alto Petrópolis), não saíram dos pátios entre 4h e 8h desta manhã. Mais de 625 ônibus ficaram fora de operação durante o horário de pico. Cerca de 140 mil passageiros foram prejudicados, segundo balanço da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação).

As linhas da zona Sul e da Carris circulam normalmente desde os primeiros horários. A informação sobre eventuais protestos já havia sido antecipada, na quinta-feira, pelo Plantão RS.

A manifestação começou por volta das 4h30 na parte externa das garagens. Motoristas, cobradores, fiscais e funcionários bateram o ponto e ficaram em frente aos pátios das empresas da zona Norte. A Brigada Militar foi acionada e acompanhou os protestos, que ocorreram de maneira pacífica.

EPTC tenta amenizar paralisação com remanejo

No caso da VAP, a EPTC realocou ônibus das empresas Estoril e Presidente Vargas, do consórcio Via Leste, para atenderem o eixo da avenida Protásio Alves. “Manhã será de transtorno nas 1as viagens dos ônibus, em razão da protesto de rodoviários. Se possível, busque uma opção de transporte”, afirmou a empresa de trânsito no Twitter às 6h.

Veículos da Carris foram utilizados para atenderem os eixos das avenidas Baltazar de Oliveira Garcia, Assis Brasil e Sertório, indo até o Centro. A medida visou amenizar a paralisação nas três empresas da zona Norte. Foram atendidos os trechos da Fiergs, Assis Brasil e Farrapos; Avenidas do Forte, Assis Brasil, Benjamin Constant e Cristóvão Colombo; e Baltazar de Oliveira Garcia, Assis Brasil e Farrapos.

Motivo do protesto

O protesto em frente das garagens é uma maneira de pressionar as empresas de ônibus a negociarem o dissídio coletivo dos rodoviários, reajuste no Vale Alimentação e o corte do plano de saúde. Os funcionários de empresas de ônibus querem aumento de 8,94% e “VA” de R$ 27. As empresas oferecem apenas 5,4% de reajuste salarial, sem reajuste no vale.