Petrobras altera política de preços e gás de cozinha sobe 6,7%

Se for integralmente repassado o preço ao consumidor, a companhia estima que o botijão pode subir, em média, 2,2% ou R$ 1,25/botijão

A diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de preços para a comercialização às distribuidoras do gás de cozinha de 13 quilos. Com isso, o valor do produto passará a custar 6,7% mais caro a partir desta quinta-feira (8).

Também há alteração quando os botijões serão reajustado. A partir de agora, a Petrobras passa a corrigir o preço do gás de cozinha a partir do dia 5 do mês. Se for integralmente repassado o preço ao consumidor, a companhia estima que o botijão pode subir, em média,  2,2% ou R$ 1,25/botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

Conforme a Petrobras, o novo modelo foi definido com base na resolução 4/2005 do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo [GLP], destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.

Assim, a política de preços do gás de cozinha não terá como referência a paridade de preços internacionais. Conforme a estatal, “o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%”.

 

A aplicação da nova fórmula de preços para o gás de cozinha implicará um aumento médio nas refinarias de 6,7% no produto este mês. O preço final ao consumidor pode ou não refletir o ajuste feito nas refinarias. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e revendedores, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados”, diz a Petrobrás.

Na composição de preços ao consumidor, a Petrobras responde por cerca de 25% do valor final, outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e revenda (55%). O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados pela Petrobras sem incidência de tributos.