Cotidiano

Policiais são investigados por tráfico de drogas na zona Sul da Capital

Eles foram detidos em uma ação conjunta da Corregedoria e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrada na tarde de ontem.

Ao menos cinco policiais militares do 21º BPM (Batalhão de Polícia Militar) são investigados por tráfico de drogas. Segundo a investigação, realizada pela Corregedoria da BM, apura se os servidores fariam a venda e a distribuição de entorpecentes na Restinga.

Eles foram detidos em uma ação conjunta da Corregedoria e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrada na tarde de ontem (8). Dos cinco investigados, quatro foram liberados após serem levados ao plantão judiciário da 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre.

Conforme o MP, três foram autuados por porte ilegal de arma e dois por tráfico. As prisões em flagrante ocorreram durante cumprimento de mandado de busca e apreensão nas casas dos PMs, suspeitos de estarem associados a um grupo criminoso responsável por assaltos a sítios em Viamão, tráfico de drogas e armas. Três dos flagrantes, no entanto, não foram homologados pelo Delegado de Polícia.

Além disso, cinco mandados de prisão temporária foram cumpridos conta cinco pessoas envolvidas no grupo, mas que não são militares. Foram 36 mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva. O proprietário de um minimercado foi preso em flagrante por receptação de produtos roubados de um dos sítios alvo dos ataques do grupo criminoso.

Um procedimento de investigação está aberto há três meses para investigar os supostos crimes. Os policiais seguirão trabalhando até o término do procedimento investigatório. Se comprovados os crimes, eles serão exonerados da Brigada Militar e irão responder a processo no Ministério Público.

As investigações iniciaram a partir de uma informação repassada pela Polícia Federal que, durante o monitoramento de criminosos que roubaram agência da Caixa Federal no bairro Ipanema, percebeu a possível ligação de PMs com outros crimes. Foi feita comunicação à Corregedoria da BM, que instaurou um Procedimento Administrativo e remeteu os dados ao MP, que mantém um procedimento investigatório criminal desde outubro do ano passado.