Os familiares de um homem que ficou ferido após entrar em surto em uma agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na zona Leste de Porto Alegre, refutam a versão dada para os fatos e afirmam que esperaram horas para serem atendidos, sem sucesso. Segundo eles, o homem – que não será identificado pela reportagem -, passou mal dentro da agência da avenida Bento Gonçalves e tentou apenas fugir do local após esperar quatro horas por uma consulta que estava agendada e que não ocorreu.
A perícia, que seria realizada porque a vítima possui laudo médico atestando incapacidade para o trabalho, estava marcada para as 10h30 da manhã do dia 31 de janeiro na agência que fica no bairro Partenon. O homem e os pais dele ficaram aguardando até que ele passou mal e desmaiou. Um médico da agência tirou a pressão dele e deu um copo de água e falou para que continuassem aguardando.
Horas depois, ele teve um surto dentro da agência do INSS, motivada pela demora para a realização do procedimento. O médico foi informado pelos pais do homem sobre o incidente e pediram para que a consulta ocorresse logo. No entanto o casal foi constrangido pelos seguranças que afirmaram que, caso ele não se “acalmasse”, iriam usar uma pistola de choque para controlá-lo.
O homem, então, tentou sair de dentro do prédio do Instituto e foi contido pelos guardas, sendo deixado na entrada do posto de atendimento. Na confusão, vidros foram quebrados. Ele acabou se ferindo na ocasião nas mãos com cacos de vidro e foi internado no Hospital Vila Nova desde o dia do incidente.
“Hoje ele está hospitalizado no Hospital Vila Nova e está com perícia marcada para o dia 14 de março. Os guardas já disseram que para chamar eles. Mas eu não vou deixar eles maltarem e humilharem meu filho, como foi desta vez. Eles falaram que tem que pagar o vidro, coisa que eu não aceito por que foram avisados”, afirmou o pai ao Plantão RS.