As 61 novas ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) entregues pelo presidente da República Michel Temer (PMDB), pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) e por ministros, no último dia 9, estão paradas, fora de funcionamento, e sequer foram doadas aos municípios gaúchos e emplacadas.
A SES (Secretaria Estadual da Saúde) garantiu que os termos de doação dos novos veículos serão publicados no DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (26). A informação foi repassada ao secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Brasília nesta quarta-feira (25).
Conforme o secretário, os termos de doações permitem que os veículos sejam emplacados e comecem a atender imediatamente a população. Os veículos estão parados nos municípios, aguardando a publicação desses documentos. O prazo para emplacamento dado pelo Detran/RS (Departamento Estadual de Trânsito) é de cerca de uma semana.
Na cerimoniá de entrega, que ocorreu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, quatro ambulâncias do Samu sofreram pane e não saíram do lugar. Os veículos entregues aos prefeitos de Carlos Barbosa, Farroupilha, Nova Prata e Porto Xavier não ligaram de jeito de nenhum. As ambulâncias tiveram problemas na bateria e demais partes do setor elétrico e tiveram de esperar o guincho.
A maioria das 61 unidades móveis entregues teve problemas na bateria. Segundo o governo, as baterias automotivas geralmente ficam descarregadas após semanas em que um veículo se encontra parado. Entretanto, quatro veículos não funcionaram nem com a carga extra após a cerimônia. Os equipamentos foram trazidos em 21 caminhões-cegonha de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
As 61 ambulâncias custaram cerca de R$ 10,2 milhões ao Governo Federal. A seleção das cidades contempladas (veja aqui a lista) foi baseada em critérios técnicos do Ministério da Saúde, como veículos com mais de 200 mil quilômetros rodados, com um mínimo de três anos de uso e a solicitação prévia feita pelo município ao Ministério. Ao todo, foram repostas sete ambulâncias de suporte avançado, com valor estimado em R$ 297 mil, por unidade, e 54 de suporte básico, ao custo de R$ 150,6 mil, cada.