Cotidiano

Arrombado nove vezes em seis meses, prédio da Smic tem uma série de problemas

Em estado precário de conservação e com uma série de dívidas, a sede da Smic (Secretaria Municipal de Indústria e Comércio) é um dos maiores problemas a serem resolvidos pela nova gestão da Prefeitura de Porto Alegre. O prédio, que fica na avenida Osvaldo Aranha, foi arrombado nove vezes nos últimos seis meses e, quando chove, tem energia elétrica durante 12 horas do dia somente.

Um dos problemas estruturais mais graves aparece principalmente em dias de chuva. A água entra nos dutos de eletricidade e é preciso utilizar a energia de um gerador, que funciona durante 12 horas. Nesses casos, o alarme do prédio para de funcionar às 19 horas. Em apenas seis meses, o local foi arrombado nove vezes. Foram roubados aparelhos de ar-condicionado, cabos elétricos, televisores, computadores e câmeras fotográficas. A equipe que assumiu a pasta ainda estima o prejuízo e avalia quanto será gasto para repor os equipamentos.

As infiltrações também provocam o alagamento do andar térreo, o que inviabiliza o trabalho em alguns setores nos dias de chuva. Além disso, já foram detectados problemas construtivos. Como o prédio apresenta diversos problemas estruturais, os servidores da Smic precisam ser realocados por questão de segurança e salubridade.

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), colocou a situação do prédio da Smic sob responsabilidade da recém criada Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que vai abrigar a pasta. Nesta semana, a prefeitura quitou uma dívida de mais de R$ 36 mil somente com o aluguel de um gerador, que custa R$ 966 por dia.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Gomes, diz que ainda não há definição de onde será o novo prédio, mas que medidas serão tomadas para melhorar a condição de trabalho dos servidores. “A determinação do prefeito foi que nós buscássemos, com a maior celeridade, outro espaço da prefeitura para acolher estes servidores e manter o atendimento ao publico, sem risco de interrupção dos serviços prestados pela secretaria”, concluiu.