Rebelião em presídio de Manaus deixa 56 mortos e é a 2ª maior da história do Brasil

A contagem oficial de mortos, feridos e fugitivos só será divulgada quando os policiais assumirem o controle total da penitenciária.

Uma violenta rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, no Amazonas, causou a morte de 56 detentos, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Amazonas. As execuções ocorreram durante um motim que durou cerca de 18 horas.

A rebelião começou por volta das 15h de domingo (1º), no horário de visita. O número total de mortes ainda não é sabido, mas todas são da facção rival daquela que tomou posse do presídio. Em entrevista a uma rádio local, o secretário da segurança pública do Amazonas, Sérgio Fontes, falou em até 60 corpos encontrados nesta manhã no complexo penitenciário.

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Os reféns, entre eles agentes penitenciários, começaram a ser liberados na noite de domingo (1). As forças policias amazonenses retomaram o controle do presídio nesta manhã, mas a Secretaria de Segurança Pública aguarda o domínio total da situação para divulgar o fim da rebelião.

Há informação de que houve fuga de detentos, mas o número não foi divulgado. A contagem oficial de mortos, feridos e fugitivos só será divulgada quando os policiais assumirem o controle total da penitenciária.

Uma barreira da policial foi montada na entrada do complexo para conter a movimentação de familiares de detentos que estão em busca de informações. Até uma corrente de oração feita pelos parentes se formou durante a madrugada em frente ao presídio.

Fuga em instituto penal

Ao mesmo tempo em que ocorria a rebelião no complexo penal, houve também uma fuga em massa no Instituto Prisional Antônio Trindade, também em Manaus, onde quase 20 presos fugiram. A última informação era de que 15 deles foram recapturados.