O cancelamento das visitas por causa da greve dos agentes penitenciários causou uma série de rebeliões nos presídios gaúchos. Nesta quarta-feira (21), foram registradas manifestações nas cadeias de Pelotas, Bagé, Charqueadas e Encruzilhada do Sul.
Em Pelotas, na região Sul, familiares de presos colocaram fogo em telhas em frente ao PRP (Presídio Regional de Pelotas). Detentos também se rebelaram e a Tropa de Choque da Brigada Militar foi acionada para reprimir a rebelião.
Leia também:
-
Estado ingressa com ação e servidores da Susepe terão que pagar R$ 50 mil por dia de greve
-
Quatro presos morrem em rebelião no presídio de Getúlio Vargas
Em Charqueadas, familiares de apenados não conseguiram ingressar nos presídios para realizar visitas e incendiaram colchões no acesso ao complexo prisional. Também houve uma manifestação de agentes penitenciários organizada pela Amapergs (Associação dos Monitores, Agentes e Auxiliares Penitenciários do Rio Grande do Sul).
Presos também colocaram fogo em colchões em Bagé e Encruzilhada do Sul. Em Osório, no Litoral Norte, também houve manifestação de presos, mas não ocorreu incêndio de colchões.
Greve dos agentes
A deflagração da greve dos agentes penitenciários é motivada pela proposta de mudança no regime de trabalho na Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários). Por conta da paralisação, já na quarta-feira (20), houve princípio de incêndio nos presídios de Uruguaiana e de São Borja, ambos na Fronteira Oeste.