Ao menos 16 ex-deputados gaúchos foram denunciados por peculato por suposto uso inadequado de passagens. A “farra das passagens”, como o caso ficou conhecido nacionalmente, ocorreu em 2009 e está, desde então, sendo investigado pelo MPF (Ministério Público Federal).
Segundo a denúncia da PRR1 (Procuradoria da República na 1ª Região), os deputados federais usavam recursos públicos para pagar passagens para familiares e amigos se deslocarem pelo Brasil. Ao todo, são 443 deputados e ex-deputados denunciados.
Na lista, estão nomes conhecidos da política gaúcha. A denúncia ainda será julgada e, caso aceita, os políticos se tornarão réus.
Gaúchos na lista:
- Alceu Collares
- Cezar Augusto Schirmer
- Cláudio Castanheira Diaz
- Enio Bacci
- Fernando Marroni
- Francisco Turra
- Germano Bonow
- Luciana Genro
- Luiz Roberto (Beto) de Albuquerque
- Manuela Pinto Vieira D’Avila
- Nelson Luiz Proenca Fernandes
- Orlando Desconsi
- Paulo Roberto Manoel Pereira
- Tarcísio Zimmermann
- Vieira da Cunha
- Vilson Covatti
Até o momento, apenas três deputados se manifestaram sobre o caso. Enio Bacci (PDT) disse que “não vai se manifestar sobre o assunto”. Tarcísio Zimmermann disse que “não recebeu notificação de irregularidades”.
Já o ex-deputado Vieira da Cunha disse que um servidor do gabinete dele fez uso indevido de passagens. Ele foi demitido e o parlamentar colaborou com as investigações do MPF.
O atual secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, afirmou que: “Se tem 443 deputados envolvidos, deve ser algo que era senso comum. Estou fora da Câmara há oito anos. Não sei do que se trata. Nunca fui ouvido ou chamado. E sou, por convicção e formação, cumpridor da lei. Tenho 44 anos de vida pública austera e limpa”.
O deputado Francisco Turra se manifestou por e-mail enviado à redação. “Estou absolutamente tranquilo por ter seguido plenamente todas as regras da Câmara dos Deputados para a emissão de passagens. Tanto o é que em todos os anos de meu mandato devolvi verbas destinadas à esta finalidade”, afirmou.
Os outros deputados não se manifestaram publicamente até às 12h.