Polícia Federal conclui que vidros de comitê de Marchezan quebraram com o vento, não com tiros

A Polícia Federal concluiu que o suposto ataque a tiros no comitê de Nelson Marchezan Junior (PSDB), candidato à Prefeitura de Porto Alegre, na verdade, não ocorreu. Os investigadores concluíram que as vidraças do prédio, que fica na esquina das avenidas da Azenha e Ipiranga, quebraram com o vento.

Na madrugada do último dia 17, diversas vidraças do comitê do político foram estilhaçadas. Na ocasião, a Brigada Militar informou que cerca de 15 tiros teriam sido disparados contra o prédio. Após uma perícia preliminar, a Polícia Civil havia informado que dois homens que estavam em um carro de cor prata efetuaram os disparos.

A Polícia Federal assumiu o inquérito porque o caso envolve a sede de um partido político. A PF realizou uma perícia própria e colheu depoimento de testemunhas e concluiu que, dadas as condições climáticas naquela noite, a “perícia considera factível a hipótese de quebra dos vidros por pressão do vento”.

Suposto ataque no comitê do candidato a prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. Foto: Divulgação

Segundo a Polícia Federal, o suposto ataque ocorreu “em uma madrugada em que Porto Alegre registrou intensa e incomum atividade elétrica nos céus, grande volume de chuva concentrada, fortes rajadas de vento, trovoadas e relâmpagos intermitentes”.

Imagens de câmeras de videomonitoramento foram analisadas e os policiais não notaram nenhum pedestre ou veículo em atitude suspeita na região, de onde poderiam ter partido os tiros.

Além disso, não foram encontrados vestígios de munição no entorno das vidraças, nem marcas de tiros nas paredes e no teto do prédio. Ainda conforme o laudo pericial, os automóveis que passaram na frente do comitê estavam com os vidros fechados e não houve nenhum clarão partindo dos veículos.

Em nota sobre o ataque, a coligação de Marchezan disse: “Relativo aos acontecimentos em nosso comitê central de campanha, manifesta seu alívio em saber que os fatos provavelmente não tiveram conotação violenta, tampouco motivação política ou mesmo uma “guerra” entre traficantes e seguranças, como chegou a ser divulgado pela imprensa. A disponibilidade das testemunhas, a entrega imediata das imagens das câmeras internas e outros dados do comitê e a facilidade para a coleta de provas e indícios certamente contribuíram, de nossa parte, para o rápido esclarecimento, ainda em tempo de não restar dúvidas dentro do processo eleitoral. Uma cidade solidária e democrática como Porto Alegre não merecia mesmo que o desfecho fosse outro, pela sua história de lisura e maturidade eleitoral. Agradecemos e parabenizamos a presteza, celeridade e eficiência da Polícia Federal para o correto esclarecimento dos fatos”.

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