A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (27), a Operação Pit Stop para investigar uma fraude realizada por duas revendas de pneus. As empresas, que eram do mesmo grupo familiar, são investigadas na Operação Pit Stop por combinar preços e, assim, fraudar quatro licitações.
A investigação está a cargo da DEAT (Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária), do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais). As empresas Turbo e Targa teriam manipulado as licitações para venda de materiais e para a prestação de serviços de manutenção em viaturas da Guarda Municipal de Porto Alegre, da Brigada Militar e, também, em veículos oficiais da prefeitura de São Leopoldo.
Foram cumpridos 18 mandados de busca em 17 locais de Porto Alegre, Guaíba, na região metropolitana e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Há suspeita da práticas dos crimes de fraude em licitação e de associação criminosa.
Conforme a Polícia Civil, as duas empresas combinavam os menores preços e ganhavam as licitações. Com isso, outras empresas que ofereciam um valor maior perdiam a concorrência.
A investigação sobre a fraude teve início após testemunhas afirmarem, durante depoimento em uma ação cível que o dono das revendas é investigado. Durante o pregão eletrônico, duas ou mais empresas do grupo se habilitavam para concorrer e, como uma delas oferecia o menor preço, acabava vencendo.
O caso segue em investigação e todos os materiais apreendidos serão encaminhados para a Receita Federal para o confrontamento de dados. Não é descartada a participação de agentes públicos no esquema, mas -até agora- não há indícios que eles soubessem do esquema nos pregões eletrônicos.