Após protesto, governo quer ampliar força-tarefa contra assaltos a ônibus

Horas depois de rodoviários protestarem por mais segurança no transporte público da região metropolitana, o governo sinalizou querer ampliar a força-tarefa contra assaltos no sistema. A declaração ocorreu durante reunião entre os rodoviários e o secretário adjunto da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, delegado Jorge Luiz Soares, no Palácio Piratini.

O adjunto prometeu aos rodoviários levar as demandas da categoria na área de segurança para o titular da pasta, Cezar Schirmer, empossado ontem (8). Um novo encontro entre os funcionários e representantes da Brigada Militar e da Polícia Civil deve ocorrer em breve, mas ainda não tem data prevista.

Manifestação na Capital

Pela manhã, rodoviários fizeram uma caminhada acompanhada de uma operação padrão, quando os coletivos andam a, no máximo, 30 km/h. A manifestação começou por volta das 7h, quando os rodoviários começaram o ato em três pontos da Capital: avenida Farrapos, João Pessoa e Osvaldo Aranha. Um dos grupos carregava um caixão, simbolizando o enterro da segurança pública.

Os atos dos rodoviários – que contou com apoio de cobradores e motoristas de Porto Alegre – causou vários quilômetros de congestionamento na cidade. Por volta de 9h30, chegaram em frente ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado.

Força-tarefa para combater assaltos foi criada em março

Para combater os constantes assaltos a ônibus, táxis e táxis-lotação em Porto Alegre, a Polícia Civil montou uma força-tarefa para combater esse tipo de crime em março. A 2ª Delegacia de Porto Alegre foi destacada para centralizar esse tipo de ocorrência que contará com uma equipe de policiais e dois delegados de polícia.

Os rodoviários dizem que são pelo menos 600 assaltos registrados a ônibus que fazem linhas da região Metropolitana entre janeiro e agosto deste ano. Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse não haver estatísticas oficiais sobre esse tipo de assalto.