Cotidiano

Água de Porto Alegre voltou ao normal, garante DMAE

Análises realizadas nos últimos 15 dias não detectaram mais alterações de gosto ou odor nas estações de água tratada.

O DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos) divulgou uma nota à população porto-alegrense afirmando que a água que abastece a cidade está dentro da normalidade novamente. Análises realizadas nos últimos 15 dias não detectaram mais alterações de gosto ou odor nas estações de água tratada.

O problema na água da Capital foi detectado no final de maio. Um grupo de trabalho tentou localizar a causa do problema. No dia 10, a Fepam interditou Cettraliq, que realiza tratamento de efluentes, por ser a suposta causadora pelas alterações no cheiro, gosto e cor da água.

Desde a interdição da empresa, os técnicos do Dmae acompanharam a redução gradativa das alterações e, após esse período de observações e análises, podem confirmar a volta das condições usuais da água. Contudo, a investigação das substâncias que causaram as reclamações de gosto e odor será mantida.

“Com a mesma responsabilidade que garantimos, durante todo esse episódio, a potabilidade da água e a segurança de seu consumo para a saúde dos porto-alegrenses, agora podemos informar a volta à normalidade da nossa água tratada. Além dos painéis sensoriais, estamos completando, pela primeira vez desde o final de maio, uma semana sem reclamações de gosto e odor da água através do Sistema 156”, afirma o diretor-geral do Dmae, Antônio Elisandro de Oliveira.
O Dmae disse, no entanto, que algumas pessoas podem sentir ainda o desconforto de cheiro e gosto na água, pois a cidade tem uma rede de mais de 4 mil quilômetros de tubulações e mais de cem reservatórios públicos.

Interdição da Cettraliq

A empresa já estava na mira do órgão regulador há cerca de dois meses quando foi constatado, em uma estação de bombeamento de água operada pela Trensurb, altos índices de resíduos da empresa. Desde então, o cheiro e o gosto da água na Capital melhoraram.
A interdição ocorreu no dia 10 deste mês por “emissão continuada de odores em quantidades perceptíveis fora do limite” estipulado. Segundo o órgão estadual, outros fatores que motivaram a decisão foi “o não cumprimento de exigências como a abertura de processo de licenciamento ambiental para a instalação de emissário para a condução de efluente industrial tratado; a apresentação de proposta técnica para o enclausuramento em todos os tanques e equipamentos geradores de odores e o tratamento dos gases gerados pelos mesmos. E ainda uma proposta de monitoramento de compostos orgânicos voláteis de todas as cargas de efluentes recebidas pelo empreendimento”.