Após quase dois meses fora do ar, o site de torrents the Pirate Bay voltou “das cinzas”, com uma imagem de uma fênix no lugar do tradicional navio pirata.
Ativo desde este sábado, 31, o site já contabiliza mais de 1 mil uploads de novos arquivos torrents, como de filmes (Selma, A Entrevista, Jogos Vorazes, etc), séries (The Blacklist, House of Lies, etc) jogos (Resident Evil Remastered, Far Cry 4…) e pornografia, muita pornografia.
O primeiro torrent foi justamente o da imagem da mitológica ave que estampa o site. O arquivo vinha como uma descrição que dizia “como uma fênix, ele retorna das cinzas. O Pirate Bay está de volta”.
O mais popular site de torrents do mundo estava fora do ar desde o dia 9 de dezembro, quando os mais de 50 servidores que o mantinham online foram encontrados pela polícia sueca. Na ocasião, ninguém foi preso.
Rejeição
Criado em 2003 para troca de arquivos torrents, o site e seus fundadores se tornaram logo inimigos da indústria de entretenimento por infringirem direitos autorais de inúmeros filmes, livros e demais produções protegidas por copyright. Atualmente, os cofundadores Gottfrid Svartholm e Fredrik Neij estão presos e Peter Sunde foi solto, após cumprir pena, em novembro. Os atuais responsáveis pelo site são desconhecidos.
Após o site ser derrubado em dezembro, Peter Sunde disse em seu blog que ninguém sentiria falta se a página ficasse fora do ar para sempre, inclusive ele. O ativista defendi que o site fosse completamente desligado ao completar 10 anos, em 2013, o que não ocorreu.
“Não gosto do que vejo”, disse Sunde na época, comentando a nova gestão do site. “Algumas vezes é bom queimar coisas para que outras pessoas possam criar algo novo das cinzas.”
Ele disse estar insatisfeito com o que o site se tornou, principalmente por não ter demonstrado nenhum avanço sobre o protocolo BitTorrent e estar forrado de anúncios sexistas com “jovens vestidas com praticamente nenhuma roupa”. Não há interesse por parte do site em instigar nas pessoas a vontade de compartilhar conteúdo. “Tudo contrário aos ideais que eu trabalhei durante meu tempo à frente do TPB.”
O cofundador afirma que o ideal seria ter acabado com o The Pirate Bay enquanto ele estava no auge, mas que agora “não restou alma” ao site e, caso não volte ao ar, ele morre sem dar tempo à comunidade de criar “algo novo, algo melhor, algo mais rápido, mais confiável e com pouca chance de se corromper”.
“Eu tenho certeza de que a próxima coisa vai arrasar. E, espero, não terá anúncios de pornô ou viagra. Já existem outros serviços para isso.”
Cotidiano