
A atriz francesa Brigitte Bardot, um dos maiores ícones do cinema, morreu aos 91 anos, informou, neste domingo (28), a fundação que leva seu nome, sem revelar detalhes.
“A Fundação Brigitte Bardot anuncia com imensa tristeza o falecimento de sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora mundialmente famosa, que optou por abandonar sua prestigiosa carreira para dedicar sua vida e energias ao bem-estar animal e à sua fundação”, diz o comunicado, sem informar quando ou onde ela faleceu.
Em outubro, Bardot foi internada no hospital particular Saint-Jean, em Toulon, no sul da França, não muito longe de sua casa, “La Mandrague”, em Saint-Tropez. Ela enfrentava sérios problemas de saúde, tendo sido submetida a uma “cirurgia como parte de uma doença grave”. Em novembro, a Fundação divulgou uma nota negando rumores de seu falecimento.
Ao comentar a partida da atriz, o presidente da França, Emmanuel Macron, recordou-se dela como uma “lenda do século” em publicação no X.
“Seus filmes, sua voz, seu brilho radiante, suas iniciais, suas dores, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne [a personificação da República da França desde a Revolução Francesa], Brigitte Bardot personificou uma vida de liberdade”, escreveu Macron, acrescentando: ” Existência francesa, esplendor universal. Ela nos emocionava. Choramos por uma lenda do século”.
Nascida em 28 de setembro de 1934 em Paris, Bardot foi criada em uma família católica tradicional e abastada. Casou-se quatro vezes e teve um filho, Nicolas, com seu segundo marido, o ator Jacques Charrier.
Após alguns papéis pequenos no cinema, ela participou, ao lado de Kirk Douglas, do filme americano “Mais Forte que a Morte”, exibido no Festival de Cannes em 1953.
No entanto, a fama mundial veio em 1956 com “E Deus Criou a Mulher”, de Curd Jürgens e Jean-Louis Trintignant.
Bardot participou de mais de 50 longas, como “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard; “Histórias Extraordinárias”, dirigido pelo italiano Federico Fellini e pelos franceses Roger Vadim e Louis Malle, tendo dividido cenas com seu grande amigo Alain Delon; e “Shalako” (1968) com Sean Connery.
Aos 39 anos, ela renunciou à fama para cuidar de animais abandonados, dizendo que estava “cansada de ser bonita todos os dias”.
O desejo pela causa surgiu quando encontrou uma cabra no set de seu último filme, “A Edificante e Alegre História de Colinot”, de Nina Companéez, em 1973. Para salvá-la do abate, a atriz comprou o animal e o manteve em seu quarto de hotel.
Para se dedicar à defesa animal, ela fundou a Fundação Brigitte Bardot em 1986, que hoje conta com 70 mil doadores e cerca de 300 funcionários, segundo o site da instituição.
“Tenho muito orgulho do primeiro capítulo da minha vida”, disse Bardot à AFP em uma entrevista em 2024, pouco antes de seu 90º aniversário.
“Ela me deu fama, e essa fama me permite proteger os animais : a única causa que realmente importa para mim”, acrescentou a diva que vivia em “silenciosa solidão” em sua casa “La Madrague”, cercada pela natureza e satisfeita por “fugir da humanidade”.
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