EXPLICANDO O JURIDIQUÊS

PGV, valor venal e UFM: entenda termos comuns sobre IPTU

Guia explica, em linguagem direta, os termos mais comuns na avaliação de imóveis e na cobrança do IPTU em Porto Alegre.

IPTU - Vista aérea da cidade de Porto Alegre. Crédito: Tonico Alvares/CMPA
IPTU - Vista aérea da cidade de Porto Alegre. Crédito: Tonico Alvares/CMPA

Todo ano uma série de expressões pipocam nos conteúdos sobre o pagamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Termos como Planta Genérica de Valores, valor venal e UFM aparecem em discussões sobre avaliação de imóveis e cobrança do imposto.

A seguir, um guia com definições dos principais conceitos usados nesse tipo de cálculo.

PGV – Planta Genérica de Valores

É o conjunto de critérios e referências adotado pelo município para estimar valores de imóveis por região e características urbanas. A PGV orienta a avaliação do imóvel e serve como base para definir o valor venal usado no IPTU.

Valor venal

É o valor estimado do imóvel definido pelo município a partir de regras e parâmetros técnicos. Esse valor pode ser diferente do preço praticado em compra e venda no mercado.

Alíquota do IPTU

É o percentual aplicado sobre a base de cálculo para definir quanto será cobrado de imposto. Em regra, mudanças na alíquota alteram o imposto mesmo que o valor venal não mude.

Base de cálculo

É o valor sobre o qual a alíquota incide para chegar ao total do IPTU. Em geral, a base de cálculo se relaciona ao valor venal do imóvel.

Regiões homogêneas

São divisões do território urbano em áreas com características semelhantes, usadas para tornar a avaliação mais precisa. A lógica é aplicar referências diferentes conforme o perfil do entorno.

Tipos construtivos

São categorias usadas para classificar padrões de construção. A classificação considera elementos como materiais, acabamento e características da edificação, para estimar o valor da construção.

Redutores

São fatores de abatimento aplicados quando o terreno ou a edificação têm limitações que afetam o uso ou o aproveitamento do imóvel. Os redutores podem reduzir o valor atribuído na avaliação, conforme regras e tabelas previstas em norma.

Posição encravada (terreno encravado)

É a situação em que o terreno tem acesso restrito, geralmente sem frente direta para via pública, ou depende de passagem por área de terceiros, como servidão. Essa condição pode limitar a ocupação e entrar como critério de redução na avaliação.

Depreciação

É a redução do valor atribuído à construção ao longo do tempo, associada ao envelhecimento do imóvel. O objetivo é refletir perda de valor da edificação com a idade.

Depreciação linear anual

É um modelo em que a depreciação ocorre ano a ano com um percentual fixo, em vez de mudanças por faixas de tempo. Esse formato busca tornar a redução mais previsível e gradual.

Preço por metro quadrado

É uma referência de valor por área usada para estimar quanto vale a construção ou o terreno. No cálculo, o preço por metro quadrado é combinado com área e outros fatores.

UFM – Unidade Financeira Municipal

É um indexador definido pelo município e usado como referência em limites, multas, taxas e regras tributárias. Como o valor da UFM pode ser atualizado periodicamente, ela funciona como unidade padrão para cálculos administrativos.

Direito de contestação

É a possibilidade de o contribuinte questionar o valor atribuído ao imóvel e apresentar documentação ou avaliação própria. A contestação pode levar à revisão do valor cobrado, conforme o procedimento municipal.