A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Spotlight, voltada ao combate à lavagem de dinheiro vinculada à distribuição de drogas em larga escala. A ofensiva é coordenada pela DRLD (Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro) e pela DIPAC (Divisão de Inteligência Policial e Análise Criminal) do Denarc.
Ao todo, os agentes cumpriram 154 medidas cautelares em cinco estados. Entre elas, 54 prisões preventivas, 36 mandados de busca e apreensão, 54 bloqueios de contas bancárias, além de sequestros de imóveis e busca de veículos.
As diligências ocorreram em Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Cachoeirinha, Charqueadas, Alvorada, Arroio do Meio e em cidades de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Roraima e Minas Gerais. No total, 45 pessoas foram presas.
Os agentes apreenderam cerca de R$ 100 mil, armas — incluindo um fuzil e pistolas —, drogas e objetos eletrônicos. Entre os veículos apreendidos estão modelos de alto valor, como Land Rover Evoque, Porsche Macan, Toyota Hilux, Ford Ranger, Hyundai Tucson e Volkswagen Amarok.
A indisponibilidade de ativos pode chegar a R$ 1,5 milhão, enquanto os bloqueios judiciais atingem R$ 39,3 milhões, medida que busca descapitalizar a organização.
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Ação ataca espinha dorsal da quadrilha
Conforme o delegado Adriano Nonnenmacher, a estrutura investigada é responsável por grande parte da distribuição de maconha no Rio Grande do Sul. Durante a investigação, a 1ª DIN apreendeu mais de cinco toneladas da droga. Foram alvo da operação o líder do grupo, operadores financeiros, gerentes e laranjas.
O delegado Rafael Liedtke explicou que o grupo utilizava esquemas de dissimulação de valores, com pulverizações, triangulações, contas de passagem e movimentações fracionadas. Parte dos recursos ilícitos era inserida na economia formal por meio da compra de veículos de luxo, imóveis, empresas e transportadoras.
O diretor de Investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, classificou a operação como exitosa e destacou o volume de bens congelados. O diretor do Denarc, delegado Carlos Wendt, afirmou que a ação integra uma estratégia contínua de enfraquecimento financeiro de organizações criminosas, com mais de R$ 100 milhões descapitalizados nos últimos anos.
A operação contou com apoio das Polícias Civis de Santa Catarina, Rondônia, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de delegacias do interior gaúcho e equipes da Senasp, por meio do Projeto Narke.
