
“Ho ho ho”, meus queridos! Prontos para entrar no clima natalino? Hoje nossa conversa vai ser muito especial, por dois motivos: temos mais uma obra audiovisual nacional e com temática natalina! Sério, eu não sou muito das séries, mas as nacionais estão ganhando meu coração. Então monte sua árvore de Natal, se aconchegue com a família e vamos falar sobre “O Natal dos Silva”.
Chega a época de final de ano, as lojas são decoradas, os panetones voltam às prateleiras e bate aquela nostalgia de filmes natalinos. Não sei vocês, mas quando falam em filmes natalinos logo me vêm a mente: “O Estranho Mundo de Jack”, “Um Herói de Brinquedo”, “Esqueceram de Mim” ou “O Grinch”. Difícil termos obras nacionais com essa temática.
Gente, se eu disser que sou a pessoa que ama maratonar séries, estaria mentindo. Porém desde o FRAPA, onde conheci as séries sobre Ângela Diniz e Tremembé, me despertou o interesse nas obras nacionais. E quando chegou a oportunidade de assistir “O Natal dos Silva”, tive uma gostosa experiência. No começo, fiquei intrigado como os roteiristas iam desenvolver uma noite de Natal em 5 episódios. Mas foi assistir ao primeiro capítulo que deu pra sentir como a narrativa seria e o quanto ela consegue te prender até o final.
É uma série que não tem cara de série. Acho que por isso ela me pegou: era como se estivesse assistindo um capítulo de uma novela. Ou melhor, me remeteu a minha infância, quando assistia as minisséries com a minha mãe. Vocês já devem saber que eu amo os detalhes das produções. Ao longo de todo “O Natal dos Silva” você se sente realmente entre a família. Uma de verdade, não essas de comercial de margarina. Inclusive, acho um tanto prejudicial “vender” essa imagem de família “feliz e perfeita”.
Pouco a pouco somos apresentados aos personagens e, querendo ou não, em algum momento o espectador vai se familiarizar com algo. Seja com o clássico momento de viajar para a casa da matriarca da família. Ou se identificar com algum dos parentes, ou até aquela sensação constrangedora de lidar com aquele “tio indelicado”. Sem contar no polêmico Amigo Secreto, que rende boas risadas ou grandes discussões.
Esse é um grande trunfo dessa produção: construir uma história e uma família que é praticamente impossível não se conectar. Até mesmo para aqueles que não tem o habito de passar as festas de fim de ano em família. É uma história que conversa com todos, mesmo que você não tenha essa vivência, você vai querer saber o desenrolar de tudo.
Assistir essa série é como andar em uma montanha russa, uma história com altos e baixos, diversas reviravoltas. E quando eu comecei a assistir, não imaginava que o final seria como foi. Me surpreendeu – e muito. Não posso dar spoilers mas é emocionante.
Natal é tempo de repensar atitudes
Aqui vou abrir um espaço para compartilhar da minha experiência pessoal. Eu não tenho uma família comercial de margarina, e sou muito feliz por isso. Com todas as nossas imperfeições, somos muito felizes. E em alguns momentos eu conseguia me transportar, seja para momentos da minha infância ou outras memórias.
Sou uma pessoa apaixonada pelo Natal. Assim como os Silva, minha família infelizmente perdeu alguém muito importante no final de ano. Foi um grande baque, acredito que cada um lide com o luto de uma forma. Mas como é bom ver a unidade da família nesses momentos. Que, apesar de altos e baixos, conseguimos nos reunir e resgatar a magia do Natal.
Uma outra reflexão que essa obra me trouxe foi: nunca é tarde para recomeçar. Ao longo das nossas vidas vamos cometer algum tipo de falha, mas não podemos deixar isso virar uma bola de neve. Acabamos guardando uma mágoa, um rancor por tantos e tantos anos. Nos afastando, talvez, de pessoas que são importantes. Tudo isso por uma falta de diálogo, de expor seus sentimentos e tentar compreender a outra pessoa.
Obviamente, cada caso é um caso. Não estou querendo generalizar, que dirá diminuir a dor de ninguém. Mas, às vezes, é uma fala em desacordo, diferenças religiosas ou políticas que acabam gerando um grande abismo entre as pessoas. Somos humanos, somos falhos. E, por muitas vezes, deixamos nosso orgulho falar mais alto e não queremos ver ou entender o lado da outra pessoa. E isso é muito triste.
Acredito que um pouco disso faz parte da “magia do Natal”. Independente de sua crença. É um período de reconciliação. Onde as pessoas põem a mão na consciência e conseguem se abrir, conversar e se preciso for: perdoar. E essa foi uma grande mensagem que se constrói ao longo da série.
Hoje quero fazer um encerramento diferente. Estamos chegando na época das festas de fim de ano. Independente de como você escolher passar esses momentos, sozinho, em família, com amigos. Não deixe que um mal entendido do passado aumente mais ainda essa distância entre você e uma pessoa importante da sua história. Não é necessário esperar até o Natal para abraçar e se reconciliar com alguém especial. Te convido a prestigiar essa obra tão linda que é “O Natal dos Silva”. Um abraço natalinamente carinhoso, Thi.
Exibição da série
Horários na TV
- Quinta, 27/11, às 21h30 (1 episódio por semana) no Canal Brasil.
- Alternativos: Sextas, às 22h30; sábados, às 23h; domingos, às 19h; quartas, às 20h30.
Maratonas:
- 25/12, a partir das 19h (maratona com os 4 primeiros episódios, fechando com o lançamento do quinto)
- 27/12, a partir das 20h30
- 28/12, a partir das 16h30
- 02/01/2026, a partir das 23h;
- Exibição de 1 episódio por semana no Globoplay.