EM BRASÍLIA

Jair Bolsonaro é preso preventivamente e levado à sede da PF

Ex-presidente foi detido em Brasília após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou risco à ordem pública e tentativa de violar tornozeleira eletrônica.

Brasília (DF), 09/06/2025. 
Interrogatórios dos réus da Ação Penal (AP) 2668. Crédito: Ton Molina/STF
Brasília (DF), 09/06/2025. Interrogatórios dos réus da Ação Penal (AP) 2668. Crédito: Ton Molina/STF

A Polícia Federal prendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro por volta das 6h deste sábado (22), em Brasília. Ele foi detido em seu condomínio, onde cumpria prisão domiciliar. Após a abordagem, passou por exame de corpo de delito e foi conduzido à Superintendência da PF.

A prisão é preventiva, não relacionada ao cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses imposta no caso da trama golpista. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para garantia da ordem pública.

Moraes convocou sessão virtual extraordinária da Primeira Turma do STF para segunda-feira (24), quando os ministros avaliarão o referendo da decisão que levou à prisão preventiva.

Bolsonaro permanece detido em Brasília, em sala de Estado, espaço previsto para autoridades como ex-presidentes. Não há prazo para nova decisão do STF além da sessão convocada para segunda-feira.

Convocação de vigília e risco de obstrução

A decisão de Moraes aponta que a convocação de uma vigília realizada na noite de sexta-feira (21) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) diante do condomínio do ex-presidente representava risco à fiscalização das medidas cautelares.

O vídeo divulgado pelo senador chamava apoiadores para permanecer no local a partir das 19h deste sábado. Para o STF, a mobilização poderia criar tumulto e dificultar a atuação da PF.

Violação da tornozeleira

O despacho também cita informação do Centro de Integração de Monitoração do DF indicando que Bolsonaro teria tentado violar a tornozeleira eletrônica às 0h08 de sábado (22). Para Moraes, o ato demonstraria intenção de fuga.

Segundo a decisão, a combinação da convocação pública e da tentativa de rompimento do equipamento configurou risco concreto de descumprimento das medidas impostas.

Condenação na trama golpista

Bolsonaro foi condenado em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão, mas ainda estava em cumprimento de medidas cautelares enquanto aguardava o fim dos recursos. O prazo para apresentação das últimas manifestações das defesas termina neste domingo (23).

A prisão preventiva decretada neste sábado atinge apenas o ex-presidente. Os demais condenados não foram alvo de mandados semelhantes.

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