
A organização da COP30 reabriu a Zona Azul às 20h40 desta quinta-feira (20), horas após um incêndio atingir parte da estrutura em Belém (PA). A liberação ocorreu depois da avaliação de segurança realizada pelo Corpo de Bombeiros, que restabeleceu o alvará de funcionamento e devolveu a área à UNFCCC, órgão da ONU responsável pelo espaço.
Segundo a organização, a região atingida pelas chamas permanecerá isolada até o fim da conferência. Não haverá atividades plenárias na noite desta quinta-feira, e as sessões de sexta (21) serão abertas às delegações e transmitidas on-line.
Atendimento às vítimas
Um boletim do Ministério da Saúde informou que 21 pessoas receberam atendimento após o incidente — 19 por inalação de fumaça e duas por crises de ansiedade. Doze já receberam alta, enquanto as demais seguem em acompanhamento. Não houve registro de feridos com queimaduras.
Equipes municipais, estaduais e federais de saúde monitoram o estado das vítimas.
Como o fogo começou
O incêndio teve início por volta das 14h no Pavilhão dos Países, próximo ao estande da China. As chamas atingiram o revestimento dos estandes e avançaram rapidamente pela cobertura de pano. O Corpo de Bombeiros do Pará, que mantém uma base em frente ao local, controlou o fogo em seis minutos, utilizando 244 extintores, mangueiras e um efetivo de 56 agentes.
As causas ainda serão investigadas, mas a corporação trabalha com a hipótese de curto-circuito. O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o material usado nos pavilhões é antichamas.
Evacuação rápida e relatos de pânico
O incêndio interrompeu as negociações em andamento e provocou correria na zona de delegações. Como a área tem mais de 1 km de extensão, nem todos compreenderam de imediato o que ocorria. Seguranças iniciaram protocolo de evacuação e conduziram participantes para fora do Parque da Cidade.
A ONU já havia enviado carta ao governo brasileiro na primeira semana da COP30 pedindo reforço na segurança e ajustes estruturais, após registros de alagamentos e altas temperaturas nos pavilhões. Antes do início da conferência, negociadores internacionais também haviam solicitado que parte do evento fosse transferida para outra cidade.
Apesar disso, o governo federal manteve Belém como sede, destacando a importância simbólica de realizar a conferência na Amazônia pela primeira vez.
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