Cotidiano

Sindbancários protocola ação para fechar agências nesta quinta-feira

A ação procura garantir a integridade dos bancários de Porto Alegre em decorrência dos riscos e da vulnerabilidade da atividade bancária.

O SindBancários (Sindicato dos Bancários) ajuizou ontem (2), uma medida judicial para impedir a abertura das agências bancárias nesta quarta-feira (4). O motivo é “falta de policiamento” durante a paralisação convocada pelo “Bloco da Segurança Pública”.
A ação procura garantir a integridade dos bancários de Porto Alegre em decorrência dos riscos e da vulnerabilidade da atividade bancária, segundo a advogada do sindicato, Heloísa de Abreu e Silva Loureiro.
Nesta quinta-feira, entidades representativas policiais civis, militares, agentes da Susepe e IGP prometem que o Estado irá ficar sem policiamento. O motivo para a mobilização é o parcelamento de salários imposto pelo Poder Executivo. Até o momento, apenas até R$ 1.780 foram depositados por matrícula.
No ano passado, o SindBancários obteve duas liminares semelhantes após o parcelamento dos salários dos servidores no mês de setembro. Na ocasião, os policiais também realizaram uma operação padrão.

Volume de ataques a bancos

O mês de agosto de 2015, bateu todos os recordes de ataques a bancos da série histórica de acompanhamento do SindBancários. Nos seus 31 dias, o levantamento do SindBancários detectou 34 ações contra agências bancárias em todo o Estado. O volume é recorde dos últimos 10 anos, pois supera o mês de setembro de 2006, que teve 29 ataques.
Nos primeiros 216 dias de 2016, (de 1º de janeiro até 2 de agosto), foram registrado 116 ataques a bancos pelo levantamento do SindBancários, um a cada 26 horas. Os dados do acompanhamento do sindicato são compilados a  partir da coleta dos ataques publicados nos principais meios eletrônicos noticiosos do Estado e levam em consideração também relatos de bancários e dirigentes sindicais.

Atendimento apenas a “casos graves”

A orientação do “Bloco da Segurança Pública” para amanhã é que os servidores permaneçam em seus locais de trabalho e atendam somente casos graves. As entidades também pediram que a população a não sair de casa.
O comércio também foi orientado a não abrir as portas, que os pais não levem as crianças nas escolas e que o transporte copletivo seja suspenso durante mobilização entre 6h e 21h. Além da paralisação, uma operação padrão está sendo realizada desde a sexta-feira (29) e deve durar até o pagamento integral dos salários.