Como diria Glinda: “It’s good to see me, isn’t it?” Ou melhor, é bom estamos juntos novamente, não é? Meus queridos, chegou o momento de um dos filmes mais aguardados deste ano. E algo tão especial assim, merece um evento a altura. A Espaço Z nos convidou a uma noite de pré estreia “Ozgnífica” de “Wicked: Parte II” (Universal Pictures), que estreia nesta quinta-feira (20). Entre na sua bolha, ou suba na vassoura e vamos para o capítulo final, seguindo a estrada de tijolos amarelos.
Que nós tivemos uma recepção incrível, disso não tenho dúvidas. Mas será que o longa entregou um final épico? Afinal, muita expectativa vem sendo construída no grande público desde o anúncio oficial do filme. Bom, vou propor dividirmos a nossa conversa em duas etapas. É inevitável comentar da primeira parte, mas vou deixar isso para a segunda etapa, focando inicialmente na estreia.
Em “Wicked: For Good” (aqui eu peço licença para fazer o uso do título original, pois ele dá o tom do longa), veremos como ficou o mundo de Oz após os acontecimentos do primeiro longa. Não sei vocês, mas eu fiquei muito curioso com algumas questões abordadas das quais não tivemos respostas. Porém, segure as ansiedades, pois as respostas virão. No seu devido tempo. Isso é um ponto positivo na sequência: nós temos questões pendentes, mas elas não são entregues de qualquer jeito.
Quem é o vilão e o mocinho?
A cena de abertura nos dá o tom da história: nossas personagens amadureceram, cada uma tomou sua decisão e arcou com isso. Cynthia Erivo está incrível como Elphaba. Ela surge nos minutos iniciais mostrando que, sim, é poderosa. Particularmente gosto muito da sua personagem e todo seu desenvolvimento desde a parte um. Enquanto Glinda, vivida por Ariana Grande, mantém sua essência. Mas notamos seu amadurecimento. E, em um plano geral, o filme deixa bem claro uma batalha entre o bem e o mal. A questão é quem será o vilão e o mocinho?
Inclusive, essa é uma reflexão que o longa nos impõe. Parece que sempre temos de ter um vilão e um mocinho na história. E, em alguns momentos, as pessoas preferem acreditar na mentira construída por anos, do que aceitar a dura realidade de uma verdade. Elphaba e Glinda sabem a verdade de Oz. Enquanto uma sai como “a vilã” por querer justiça e lutar por isso a outra sai como “a boa” por ajudar a manter as aparências com o intuito de ser positiva e encorajar o povo. Mas até que ponto – ou melhor, até quando – se consegue manter as aparências?

Encerrando essa primeira parte, o porque de achar que o título “For Good” dá o tom do filme. Para isso eu preciso trazer a letra da música: “Because I knew you, I have been changed, For good.” (“Porque eu te conheci, Eu mudei, para sempre”), em tradução livre. Conseguimos ver essa verdade nas personagens. Pessoas completamente opostas, em que não encontravam pontos em comum. Mas que, com o passar do tempo e com o convívio, ambas aprenderam uma com a outra. Isso eu achei lindo em “For Good”. Mas, desculpem, ele não é um filme com um “final épico”, como vem sendo vendido.
Para isso, não tenho como não fazer um comparativo das duas partes. Ao começar pelas cenas de abertura. Por exemplo, no primeiro, se passam bons minutos até o letreiro apareça. Não por ser um início arrastado, mas temos um número musical grandioso, uma ótima introdução até culminar no título gigantesco em tela. No segundo, em menos de dez minutos o letreiro surge. Mas de uma forma tão tímida, que destoa do seu antecessor.
Voltando para a estrutura musical do filme: na Broadway, o primeiro ato encerra com “Defying Gravity”, assim como a primeira parte do filme. É um final de tirar o fôlego, é grandioso! Nós temos Elphaba falando em alto e bom som que todos têm o direito de voar e que ninguém vai pôr ela abaixo novamente. É a personagem dizendo não somente para os outros, mas a si mesma, de que ela é capaz sim! O que, querendo ou não, é algo inspirador. Você vê alguém que sempre esteve fora da sociedade batalhando e conquistando seu espaço. Você quer viver essa mudança também.
Enquanto isso, o segundo ato do espetáculo encerra com “For Good”. Que é, sim, uma canção linda. Reconhecer nossas limitações e admitir que aprendemos uns com os outros, não é algo simples. Tem de ter muita coragem de dizer: “eu errei, mas obrigado por ter aprendido a acertar com você”. O final da parte dois é lindo, mas não é apoteótico quanto seu antecessor.

Cuidado com suas expectativas
Continuando a falar das músicas – afinal é um musical – a primeira parte ficou com os “grandes hits”, por assim dizer. Enquanto a segunda parte tem um toque mais Broadway. É tudo muito visual, muito grande, muitas cores. Ele é lindo visualmente. Isso não quer dizer ser um filme ruim, mas talvez cause essa estranheza no público. Afinal, nós não saímos da sessão querendo gritar como a Elphaba em “Defying Gravity”.
Isso eu acho um grande ponto negativo: expectativas. Lembro de ter falado nas redes sociais que não estava indo com expectativas. “Ah, mas Thiago, você não queria assistir?” Sim, queria muito. Mas algo que aprendi é não gerar esse sentimento por ter me frustrado várias vezes no final das sessões.
E “Wicked: Parte II” faz completamente o contrário. Desde o lançamento do primeiro, se constrói uma grande expectativa. Em parte pelos fãs que, confesso, me afastaram inicialmente em querer saber mais sobre o musical. Mas, em parte, por ser um filme que se especula o lançamento há, pelo menos, uma década. Quando anunciaram oficialmente que teríamos o filme, já podem imaginar a reação do público.
Agora, pega o sucesso que foi o lançamento da primeira parte. É obvio que as expectativas para a sequência seriam maiores ainda. Querendo ou não, a régua subiu muito para essa segunda parte. Não sei se vai agradar a todos. Ele é um filme ruim? Definitivamente não. Mas se você vai com a expectativa de assistir a um “final épico”, talvez fique frustrado.
Eu gostei muito te assistir e quero poder ir novamente, talvez em uma sala IMAX, para ter uma experiência mais imersiva. Gostei como pouco a pouco o quebra cabeças vai se concluindo. Em, alguns momentos, voltamos ao ponto inicial e algumas coisas fazem mais sentido ainda. Tem alguns momentos em que as coisas ficam repetitivas? Tem. Mas o saldo final foi positivo na minha percepção.
Bom meus queridos, vou ficando por aqui. Quero saber de vocês o que acharam de “Wicked: Parte II”. Gostaram do meu lookinho na pré-estreia? Se não viu nossa cobertura, não deixe de nos acompanhar nas redes sociais do Dropzando, onde podemos ter um contato mais próximo. Até nosso próximo encontro! Um abraço do Thi.
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