
O Hamas libertou, na manhã desta segunda-feira (13), os últimos 20 reféns israelenses vivos que haviam sido sequestrados nos atentados de 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel soltou de suas cadeias 1.966 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua e mais de 1,7 mil detidos durante a atual guerra na Faixa de Gaza, entre eles menores de idade.
“Declaramos nosso compromisso em relação ao acordo e a seus prazos, desde que Israel também os respeite”, disse o grupo islâmico em um comunicado após libertar os reféns.
O Hamas também deve restituir ainda nesta segunda-feira os corpos de alguns dos 28 reféns que morreram durante o cativeiro.
Como foi a soltura dos israelenses
A soltura ocorreu em duas etapas, em que todos caminhavam de forma autônoma. Na primeira, o grupo islamita entregou sete pessoas à Cruz Vermelha no norte do enclave palestino: Alon Ohel, Eitan Mor, Guy Gilboa-Dalal, Matan Angrest, Omri Miran e os gêmeos Gali e Ziv Berman.
Cerca de 1h30 depois, o Hamas restituiu os outros 13 reféns, mas desta vez na região de Khan Younis, no sul de Gaza. São eles: Ariel Cunio, Avinatan Or, Bar Kupershtein, David Cunio, Eitan Horn, Elkana Bohbot, Evyatar David, Matan Zangauker, Maxim Herkin, Nimrod Cohen, Rom Braslavski, Segev Kalfon e Yosef-Chaim Ohana.
Os 20 sobreviventes foram levados pelas IDF (Forças de Defesa de Israel) para uma base militar no sul do país, de onde foram encaminhados a hospitais. Existe a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que desembarcou em solo israelense enquanto a libertação era concluída, visite alguns deles.
Soltura dos palestinos
Os prisioneiros palestinos chegaram à Faixa de Gaza e a Beitunia, na Cisjordânia, e em dezenas de ônibus. Imagens mostram que alguns estavam com a cabeça raspada, e também muito magros.
Em Gaza, cerca de dez homens vestido de preto e mascarados, entraram no Hospital Nasser. No local, montou-se um palco para receber os prisioneiros palestinos recém libertos por Israel.
Próximos passos
Até o momento, no entanto, Israel e Hamas concordaram apenas com a primeira fase do plano de paz do presidente dos EUA, que previa a libertação dos reféns e dos prisioneiros palestinos e a retirada das IDF para a chamada “linha amarela”, perímetro que corresponde a 53% do território da Gaza.
As questões relativas ao desarmamento do grupo e à gestão da Faixa serão enfrentadas nas próximas rodadas das tratativas. Na trégua do início deste ano, não houve avanço nesses temas, e o conflito foi retomado por Israel.
O acordo

O negociador-chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou na quinta-feira (9) o fim da guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Al-Hayya disse que o movimento, que estava com uma delegação no Egito, recebeu garantias dos mediadores do conflito e dos Estados Unidos.
Em seguida, o governo de Israel ratificou o acordo no início da sexta-feira (10), dando início à retirada das tropas. Desde então, milhares de palestinos começaram a retornar para abrigos no sul de Gaza.
O acordo é iniciativa do presidente dos EUA, Donald Trump, cujo anúncio ocorreu em 29 de setembro. A assinatura se deu na quarta-feira (8), no Egito, prevendo a retirada das forças israelenses das principais áreas urbanas de Gaza. Contudo, Israel ainda manterá o controle de cerca de metade do território do enclave.
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