
As IDF (Forças de Defesa de Israel) concluíram nesta sexta-feira (10) a retirada para a chamada “linha amarela” na Faixa de Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo firmado com o Hamas. O plano foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O perímetro de recuo varia entre 1,5 e 5 quilômetros a partir das fronteiras e abrange 53% do território do enclave palestino, incluindo áreas estratégicas como Rafah, na fronteira com o Egito.
A partir desse movimento, o Hamas tem 72 horas, ou seja, até a manhã de segunda-feira (13), para libertar 20 reféns israelenses vivos. Também estão em negociação os corpos de 28 reféns mortos, cuja restituição poderá ocorrer em fase posterior.
“Mantivemos a promessa”, diz Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, celebrou a retirada como “um dos maiores resultados da guerra de renascimento” e afirmou que “todos os nossos reféns voltarão para casa – vivos e mortos”.
Ele reiterou que as fases seguintes do plano de paz de Trump preveem o desarmamento completo do Hamas e a desmilitarização de Gaza. “Se isso ocorrer pacificamente, melhor. Caso contrário, será pela força”, declarou.
Já o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse que o grupo não dará “nenhuma desculpa para o retorno da guerra” e reafirmou o compromisso com a trégua.
Acordo prevê libertações e ajuda humanitária
Em troca dos reféns, Israel vai libertar 1.950 prisioneiros palestinos, sendo:
- 250 condenados à prisão perpétua;
- 1.700 detidos durante os dois anos de conflito.
O cessar-fogo também garante a entrada diária de até 400 caminhões com ajuda humanitária no enclave palestino.
Apesar do avanço, temas como o desarmamento do Hamas e a gestão da Faixa de Gaza serão discutidos em rodadas futuras. Em trégua anterior, no início do ano, essas questões ficaram sem solução e o conflito foi retomado por Israel semanas depois.
População começa a retornar a Gaza
Com o recuo das tropas, milhares de palestinos que haviam sido deslocados começaram a voltar à Cidade de Gaza, no norte do território. No entanto, o Exército de Israel emitiu alertas para que a população não se aproxime de zonas militares, da passagem de Rafah e do Corredor Filadélfia, na divisa com o Egito.
As IDF também recomendaram que pescadores e banhistas evitem o mar nos próximos dias, em razão da permanência de unidades militares na região costeira.
A guerra foi deflagrada em 7 de outubro de 2023, após atentados terroristas do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel. Desde então, os ataques israelenses provocaram a morte de cerca de 70 mil palestinos, segundo estimativas de agências humanitárias.
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