
Olá gente, como estão? Hoje nossa conversa vai para além de quem gosta de cinema, é um papo aos amantes de jogos e da tecnologia. Afinal hoje vamos conversar sobre “Tron: Ares” (Disney, 2025). Um filme altamente tecnológico, com uma trilha absurda e efeitos visuais de encher os olhos. Prepare sua bebida, pegue suas fichas que o Fliperama está prestes a abrir!
Quando me veio o convite para assistir “Tron: Ares” achei curioso e interessante. Afinal, não tinha assistido aos outros filmes da franquia. Inclusive uma conversa com os amigos me motivou ainda mais ver eles. De início era só a vontade de assistir para poder entender melhor que universo estava prestes a conhecer. Porém, meus amigos me instigaram a uma curiosidade de realmente querer conhecer a história. E, devo dizer, estou encantado pelo “Tron” de 1982. O universo que os produtores construíram com os recursos disponíveis é incrível.
Mas vamos falar sobre o terceiro filme dessa franquia. Acredito que a Disney consegue manter o mesmo nível de qualidade dos seus antecessores. Principalmente no aspecto tecnológico e de efeitos visuais. Tem coisas bem pontuais que me incomodaram um pouco, mas nada que tenha atrapalhado a minha experiência.
Visto que tudo iniciou em 1982 com Tron, anos mais tarde tivemos a sequência “Tron: O Legado”. Essa terceira parte me soa como se fosse um “filme à parte”. Está no mesmo universo, mas parece não ter ligações com seus antecessores. E as que aparecem soam mais como um fan service do que uma conexão de fato. Talvez precise maratonar os três novamente para ver se não perdi algo. Inclusive se você já assistiu aos três filmes, conversa comigo, pois quero entender e ouvir o seu ponto de vista quanto a isso.
Outro ponto que me incomoda é no início do filme: diversas informações “jogadas” em tela para explicar os últimos acontecimentos. Acho uma ferramenta preguiçosa de roteiro. Por um lado, entendo a necessidade de contextualização – tem um gap de tempo bem grande entre um filme e outro. Mas, por outro lado, não tinha uma forma menos expositiva de contar as coisas? Que não seja um simples recorte de matérias e reportagens em looping na tela?
Efeitos visuais e trilha marcantes
O filme é um espetáculo visual e sonoro. Devo dizer que nesse caso uma sala com uma qualidade de som e áudio fazem toda a diferença. A trilha sonora é realmente muito boa, inclusive se alguém quiser me enviar o disco dela, não irei reclamar (risos). A parte musical ajuda com maestria na condução da história. É como se ele pegasse na mão do filme e os dois andassem juntos.
O longa levanta algumas questões sobre o uso excessivo da tecnologia. Assim como em filmes da Marvel, Tron também mostra como pode ser o avanço do conhecimento humano a qualquer custo.
Tem momentos em que é tudo tão avançado que você se questiona: bom, se o inimaginável é possível, o que na nossa realidade é capaz de combatê-lo? E, se a tecnologia é capaz de tudo, o que é capaz de pará-la? E qual o preço que estamos dispostos a pagar para conquistá-la? Será que estamos dispostos a abrir mão de tudo, achando que vamos ter o controle total? Afinal, seremos capazes de controlar tudo?
Quem curte um filme de ficção científica – o que não era o meu caso – vai curtir bastante “Tron: Ares”. Ele não é um filme perfeito e tive um certo receio quando comentaram da sua duração. Mas, para minha felicidade, me mantive conectado a ele o tempo todo. E se você tem como, escolha uma boa sala de cinema. Garanto que não vai se arrepender.
Eu gostaria que o longa se aprofundasse melhor em algumas questões. De uma forma geral ele é muito raso, mas não quer dizer que seja de todo ruim. Acredito que algumas situações poderiam ser melhor trabalhadas e ter um pouco mais de conexão com seus antecessores. Afinal o segundo filme tem como subtítulo “Legado”. Um legado tão grande e ser deixado de lado? Poxa, assim não né?
“Tron: Ares” está chegando aos cinemas, e se você curte a franquia corre e garanta já seu ingresso. Nos vemos na nossa próxima conversa sobre cinema. Um grande abraço do Thi.