AGRICULTURA

RS começa semeadura da soja com medidas de combate à ferrugem asiática

Estado registrou presença do fungo já em outubro de 2024, logo após o fim do vazio sanitário. Em alguns locais houve alto nível de infecção

Plantio da soja está autorizado a partir de primeiro de outubro - Foto: arquivo Emater/RS-Ascar
Plantio da soja está autorizado a partir de primeiro de outubro - Foto: arquivo Emater/RS-Ascar
Carregando anúncio…
Corsan Aegea — campanha 300x280

A partir de primeiro de outubro, os produtores do RS têm autorização para iniciar a semeadura da soja na safra 2025/2026. A permissão está de acordo com o calendário estabelecido pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) através da Portaria n° 1.217/2025. Pela portaria, o período vai até o dia 28 de janeiro de 2026.

O calendário é uma estratégia de enfrentamento da ferrugem asiática. O objetivo é garantir o manejo da praga, a manutenção das ferramentas químicas e a produtividade da cultura para o estado.

Ferrugem asiática

Sinais quando o fungo Phakopsora pachyrhizi ataca a planta – Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

A ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, registrou as primeiras ocorrências já em outubro de 2024 no Rio Grande do Sul. Isso logo após o fim do vazio sanitário, em lavouras de Cruz Alta.

A Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) e a Emater/RS-Ascar detectaram altos níveis de esporos (infecção) nas semanas iniciais da safra 2024/25. Os municípios com maiores registros são Muitos Capões (602 esporos), Três Passos (372), Ijuí (293) e Cruz Alta (205).

Os resultados constam da Circular Técnica nº 29 – Programa Monitora Ferrugem RS. Outubro e novembro concentraram os maiores níveis de inóculo, seguidos por março.

Entre as regiões, o Planalto Médio apresentou a situação mais crítica, com 5.584 esporos, seguido pelo Planalto Superior–Serra do Nordeste (2.908) e pelo Alto/Médio Vale do Uruguai (2.281). A análise indicou que os picos do fungo ocorreram logo após períodos de chuva e em condições de alta umidade relativa do ar.

Apesar da elevada infecção inicial, o clima freou a expansão da doença. A neutralidade climática — sem predominância de El Niño ou La Niña – marcou a safra 2024/25. Contudo, houve chuvas abaixo da média em grande parte do estado e ondas de calor em fevereiro e março, quando as temperaturas ultrapassaram os 41°C.

“Esses fatores reduziram a formação de novos focos e resultaram em avanço menor que o observado na safra anterior, quando o El Niño favoreceu a maior disseminação da ferrugem” disse a Seapi em comunicado.

Vazio sanitário

O vazio sanitário, que encerra no dia 30 de setembro, é o período em que é proibido cultivar, manter ou permitir, em qualquer estágio vegetativo, plantas vivas emergidas de soja em uma determinada área para evitar a ferrugem asiática.

Durante este período, a Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) realiza inspeções para acompanhar o cumprimento da portaria. Até o momento foram realizadas 131 inspeções e encontradas duas lavouras com plantas vivas. Os proprietários destas lavouras foram notificados a realizar a destruição das plantas.

Monitora Ferrugem

Monitora Ferrugem é um programa gaúcho desenvolvido pela Seapi e a Emater/RS-Ascar, em parceria com outras instituições. Através do uso de coletores de esporos instalados em diferentes localidades do estado, o Monitora Ferrugem avalia a presença de esporos associada a condições climatológicas, realizando um diagnóstico regionalizado sobre o risco de ocorrência da doença.

Seu negócio no Agora RS!

Fale com nosso time comercial e descubra como veicular campanhas de alto impacto, personalizadas para o seu público.