
Os atos deste 7 de Setembro de 2025 ocorreram em meio ao julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) de Jair Bolsonaro e aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado. A PGR (Procuradoria-Geral da República) aponta o ex-presidente como líder de uma trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Ao mesmo tempo, o governo federal busca reforçar a noção de soberania nacional, após o tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros.
O desfile oficial ocorreu neste domingo (7), em Brasília, com a presença de Lula e ministros. Organizado na Esplanada dos Ministérios, o evento adotou o lema “Brasil Soberano”, alinhado à nova campanha institucional da Presidência.
A Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) estruturou a programação com três eixos: “Brasil dos Brasileiros”, “Brasil do Futuro” e a COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém (PA). Cerca de 45 mil pessoas acompanharam o desfile, que contou com apresentações das Forças Armadas, escolas e órgãos de segurança.
Diferente do ano anterior, nenhum ministro do STF compareceu ao palanque. Em 2024, seis magistrados participaram, entre eles Alexandre de Moraes.
Apesar da polarização política, o Planalto seguiu os protocolos institucionais e buscou ressignificar o 7 de Setembro, historicamente apropriado por setores da direita, como uma data de reafirmação democrática.
Anistia domina protestos bolsonaristas
Em contraste ao evento oficial, bolsonaristas se reuniram em várias cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Os atos foram marcados por críticas ao STF e pela defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Na avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atacou o julgamento no Supremo, classificando-o como “farsa” e sugerindo que Bolsonaro será condenado sem provas. Ele também defendeu um projeto de anistia em tramitação no Congresso e afirmou que, se eleito presidente, concederia indulto ao ex-presidente.
Já no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou de manifestação na orla de Copacabana. Durante seu discurso, chamou Alexandre de Moraes de “tirano” e afirmou que o julgamento do pai representa uma “segunda facada”.
Flávio reforçou que a proposta de anistia deve incluir Bolsonaro. Segundo ele, eventual condenação deverá levar os apoiadores de volta às ruas em defesa do ex-presidente.
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