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Ministro da Defesa diz que Forças Armadas cumprirão decisão da Justiça sobre golpe

José Múcio declarou que as Forças Armadas aguardam com serenidade o julgamento do STF

Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, afirmou nesta sexta-feira (5) que as Forças Armadas cumprirão o veredito da Justiça sobre a tentativa de golpe de Estado investigada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“O lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da Justiça. Esse assunto é um problema da Justiça e da política. As Forças Armadas são uma coisa diferente, servem ao país. Estamos serenos e aguardando o veredito da Justiça, que será cumprido”, declarou o ministro.

A declaração foi feita após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, em Brasília. De acordo com Múcio, o tema do julgamento no STF não foi discutido no encontro, que teve como pauta o desfile do 7 de setembro.

Julgamento da trama golpista no STF

O Supremo iniciou nesta semana o julgamento do núcleo central da articulação golpista que teria tentado anular a eleição presidencial de 2022. A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de liderar o plano, que incluiria a preparação de atos violentos e ameaça a autoridades, como o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Entre os réus, além de Bolsonaro, estão o ex-ministro da Defesa Paulo Nogueira Batista, o ex-ministro do GSI general Augusto Heleno, o ex-candidato a vice Braga Netto e o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. Todos negam participação na tentativa de golpe.

Anistia e disputa entre poderes

Questionado sobre o projeto de anistia que vem sendo defendido por parlamentares da oposição para os investigados e condenados, José Múcio afirmou que desconhece o teor da proposta, mas alertou para os riscos de uma disputa institucional.

“Acho que, se for discutido de forma construtiva e não para medir força entre Poderes, tudo bem. Mas essa queda de braço não serve ao país. Precisamos juntar todo mundo para reconstruir o Brasil”, comentou.

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