SERÁ (MESMO) O FIM?

A saga dos Warren chega ao fim em Invocação do Mal 4: O Último Ritual

Encerramento da franquia oferece um desfecho digno ao casal Warren, mesmo sem grandes surpresas.

Crédito: Warner Bros. / Divulgação
Crédito: Warner Bros. / Divulgação
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Olá meus queridos, como estamos? Vamos conversar sobre “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” (2025), o filme de terror mais aguardado do ano (?!). Tá bem, agora falando sério: ele era tão aguardado assim ou só eu que, depois de tudo que fizeram com a franquia, já estava sem expectativas? De qualquer forma, pega um cafezinho com biscoitos e vamos falar sobre mais uma estreia nos cinemas.

Doze anos depois do lançamento do primeiro “Invocação do Mal” (2013), que fez muito sucesso e gerou uma franquia “lucrativa” – a que custo, não é mesmo? –, vamos assistir ao “encerramento” de um ciclo. Thi, eles deixam um gancho para sequência? Não. Quer dizer, não do jeito que conhecemos, com Vera Farmiga e Patrick Wilson estrelando. É realmente o encerramento dos dois na franquia.

Mas convenhamos: sabemos como a indústria funciona. Eles foram espertos em não matar os personagens principais logo de início, diferente do que ocorreu em “Jogos Mortais” (2004-atualmente). Souberam dar um bom final para os personagens que já conhecemos. Agora, parar com algo lucrativo para os estúdios? Sei não, talvez deem um tempo para baixar a poeira e achar uma forma de continuar lucrando.

O que achei do Último Ritual

Voltando ao filme: é algo inovador? Não. Porém, é de longe melhor que seu antecessor. Isso me reafirma que deram um bom desfecho ao casal. Entretanto, achei um filme longo. Não ao ponto de eu olhar no relógio, como fiz em outra sessão. O sentimento que fica é que vão construindo histórias paralelas e demoram a dar continuidade a elas. Sabe quando a pessoa explica tudo nos mínimos detalhes, desnecessários algumas vezes, deixando o relato mais longo do que deveria? Essa é a sensação. Queremos saber o que vai acontecer, não pela ansiedade, mas porque já entendemos o que queriam mostrar e mesmo assim a trama não avança.

Saí da sessão com a sensação de que Ed e Lorraine Warren tiveram um bom encerramento. Não foi épico ou grandioso, mas foi um bom final. Uma coisa unânime entre meus amigos é que Vera Farmiga e Patrick Wilson têm uma sintonia incrível em tela. Eles realmente dão vida ao casal de demonologistas. Falou em Warren nos cinemas, eles são referência imediata.

Já os atores que interpretam as versões mais jovens não têm o mesmo carisma. O filme começa nesse retorno ao passado, mostrando o casal jovem. Como espectador, até abraçamos a proposta, mas não é a mesma coisa. Inclusive, lembra o que comentei sobre o ritmo longo? O clássico letreiro só aparece praticamente vinte minutos após o início. Quando os atores principais assumem a narrativa, as coisas fluem melhor.

Eu gostei, mas…

É um bom filme de terror, mas acredito que alguns dos que citei anteriormente sejam superiores, principalmente no quesito construção do medo. “O Último Ritual” emula bem a estrutura do primeiro longa: longos planos-sequência, ambientação detalhada, trabalho com silêncio. Mas talvez não alcance o mesmo impacto de deixar o público realmente tenso e assustado.

Talvez, se a franquia não tivesse sido tão desgastada, funcionasse melhor. Depois de tantos derivados, já sabemos como as coisas vão se desenrolar. Não é preciso ter bagagem de anos assistindo a filmes de terror para perceber o padrão. “O Último Ritual” é um bom exemplar do gênero, mas perde força diante da lógica de mercado: “o primeiro rendeu bilheteria, precisamos de mais”.

Para quem gosta da franquia, a experiência é válida. Inclusive, há fan service, com uma cena pós-créditos curta. No final, o saldo foi positivo. Teve pontos que não curti, mas, no geral, é bom entretenimento. Quem sabe a gente não faz uma conversa com spoilers depois? O que vocês acham?

É isso, gente. Fui sem expectativas para a sessão e saí aliviado de que não estragaram tudo. Quero saber a opinião de vocês também. Compartilhem nas redes sociais nos marcando para eu ver o que acharam. Um abraço e até nosso próximo encontro.