Quatro taxistas começam a ser julgados pelo Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (14), pela tentativa de homicídio do motorista de aplicativo Bráulio Escobar, em Porto Alegre. O crime ocorreu em novembro de 2015 e ficou marcado como um dos primeiros episódios de violência relacionados ao início da operação de plataformas de transporte na Capital.
O ataque aconteceu no estacionamento de um hipermercado na zona leste da cidade. Dois dos réus também respondem por dano qualificado, devido à destruição do carro da vítima, que teve perda total à época. O julgamento, que será realizado na 2ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, deve durar até dois dias.
O MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) aponta, na denúncia, que o crime teve motivo torpe, já que os acusados não aceitavam que Escobar trabalhasse como motorista de aplicativo, considerando a atividade uma ameaça à profissão de taxista.
O documento também destaca o uso de meio cruel, com agressões violentas — incluindo socos, chutes e pontapés, especialmente na cabeça — e recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendida por quatro agressores.
Os réus responderam ao processo em liberdade.