O julgamento do casal acusado de matar uma está marcado para esta quarta-feira (7), a partir das 9h, no plenário da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre. A denúncia do MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), que sustenta que o casal planejou a morte da vítima para tomar posse de seus bens.
O crime que causou a morte de Ilza Lima Duarte, de 77 anos, ocorreu em fevereiro de 2008. Na época, a idosa foi encontrada sem sinais vitais no apartamento onde morava, no Centro da Capital.
O caso foi inicialmente registrado como morte natural, mas amigas próximas de Ilza desconfiaram das circunstâncias e iniciaram buscas por esclarecimentos. A pressão levou à reabertura do caso e à constatação de que a idosa havia sido assassinada.
Conhecida por seu envolvimento em trabalhos sociais ligados à Igreja Anglicana, Ilza era proprietária de cinco apartamentos. Conforme o MP-RS, o casal acusado – vizinho e amigo íntimo da vítima – era beneficiário direto dos imóveis e teria encomendado a morte para obter os bens. Apesar da renúncia à herança após o crime, os dois negam envolvimento na execução.
Outros envolvidos já foram julgados em processos anteriores. O auxiliar de serviços gerais que teria cometido o homicídio foi condenado. Em depoimento à Polícia, ele afirmou ter sido contratado pelo casal e prometido com um apartamento como pagamento. Já o ex-porteiro do edifício onde Ilza morava e a empregada doméstica do casal foram absolvidos.
O julgamento desta quarta-feira será presidido por um juiz e contará com a participação de sete jurados. A expectativa é de que o júri se estenda por mais de um dia, em razão da complexidade do caso e do número de testemunhas convocadas.