A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesta segunda-feira (28) novos detalhes da investigação sobre o triplo homicídio ocorrido em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os laudos periciais entregues pelo IGP (Instituto-Geral de Perícias) confirmam a violência extrema empregada contra as vítimas, dois jovens e um bebê, mortos no dia 20 de julho.
De acordo com o laudo de necropsia, os dois jovens apresentavam múltiplas lesões causadas por arma branca, além de marcas de defesa, indicando que tentaram resistir ao ataque. Já o bebê morreu devido a traumatismo craniano, segundo a perícia.
Ainda conforme o IGP, exames com luminol identificaram vestígios de sangue no interior de um dos veículos usados pelos autores do crime. Amostras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de Genética Forense, que agora realizará análises de DNA para confirmar a ligação com as vítimas.
A delegada Marcela Smolenaars, responsável pelo caso, informou que a perícia também examinará a possível relação genética entre uma das vítimas e um dos investigados, o que pode ser um ponto-chave na motivação do crime.
Imagens e depoimentos reforçam premeditação
Na última sexta-feira (25), a investigação avançou com a obtenção de imagens de câmeras de segurança, que mostram a movimentação de dois veículos nas imediações do local do crime, na noite dos assassinatos. Um carro chega por volta das 22h44min e, pouco depois, três pessoas descem de outro veículo. Um deles se dirige ao carro inicial, que segue até o ponto onde os corpos foram encontrados. O automóvel permanece parado por aproximadamente 25 minutos.
Nesta segunda, uma testemunha ouvida pela polícia relatou ter feito uma corrida com três dos investigados até a região do crime. Segundo ela, os passageiros estavam exaltados e teriam feito comentários que sugerem premeditação. A corrida teria sido solicitada por um dos adolescentes apreendidos.
Investigação segue em andamento
Quatro acusados estão sob custódia: dois adultos, com prisão preventiva decretada, e dois adolescentes, que seguem internados. A delegada afirma que a investigação segue com análise de celulares, oitivas de testemunhas e novas diligências periciais.
A família das vítimas constituiu representação jurídica para atuar como assistente de acusação no processo criminal.