A Vigilância em Saúde de Porto Alegre confirmou que oito casos suspeitos de sarampo seguem em investigação na Capital. Os dados constam no informativo da vigilância epidemiológica divulgado nesta terça-feira (22), com base nos registros acumulados até o dia 19 de julho, fim da semana epidemiológica 29.
Conforme o boletim, foram 42 notificações de suspeita da doença em 2025, sendo 37 referentes a moradores da Capital. Dessas, 28 já foram descartadas, mas oito seguem em análise laboratorial e um caso foi confirmado.
Sarampo: doença de alta transmissibilidade
O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa. Estima-se que nove em cada dez pessoas sem imunização podem se infectar caso tenham contato com o vírus. A vacinação, disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é a principal forma de prevenção.
Esquema vacinal recomendado:
- 1 a 5 anos: uma dose da tríplice viral aos 12 meses + uma dose da tetra viral aos 15 meses;
- 5 a 29 anos não vacinados: duas doses da tríplice viral, com intervalo de um mês;
- 30 a 59 anos: uma dose da tríplice viral;
- Profissionais de saúde: duas doses, independentemente da idade;
- Contactantes de casos suspeitos: devem atualizar a vacinação conforme avaliação.
Cobertura vacinal e campanha de reforço
Desde junho, foram aplicadas 5.892 doses de vacina contra o sarampo em Porto Alegre. A cobertura da primeira dose (aos 12 meses) está em 87,22%, enquanto a segunda dose (aos 15 meses) registra 71,79%.
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A campanha de intensificação da vacinação segue até 23 de setembro, e a Secretaria Municipal da Saúde recomenda que toda a população atualize sua caderneta.
Quando suspeitar e como agir
São considerados casos suspeitos de sarampo pessoas com febre e manchas vermelhas na pele (exantema) acompanhadas de ao menos um dos seguintes sintomas:
- Tosse
- Coriza
- Conjuntivite
- Linfadenopatia (gânglios aumentados)
- Artrite ou artralgia (dor nas articulações)
Em caso de sintomas, a orientação é procurar atendimento médico imediato, especialmente se houve viagem internacional recente, já que o vírus do sarampo circula ativamente em diversos países.
