Morreu neste domingo (20), aos 50 anos, a cantora e empresária Preta Gil, uma das figuras mais populares da música e da cultura brasileira nas últimas três décadas. A morte foi confirmada por sua equipe à imprensa. Preta enfrentava um câncer colorretal, diagnosticado em janeiro de 2023.
Filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil com Sandra Gadelha, Preta Gil deixa o filho Francisco Gil e a neta Sol de Maria. O local e o horário do velório ainda não haviam sido divulgados até o fechamento desta matéria.
Legado musical e atuação cultural
Desde 2003, quando lançou o disco “Prét-à-Porter”, Preta construiu uma trajetória marcada por misturas de gêneros como samba, axé e pop. A carreira fonográfica inclui ainda os álbuns “Preta” (2005), “Sou Como Sou” (2012) e “Todas as Cores” (2017), além dos registros ao vivo “Noite Preta” (2010) e “Bloco da Preta” (2014).
Artista multifacetada, também atuou como apresentadora, influenciadora, produtora cultural e atriz, com participações em novelas e programas da Globo e da Band. Em 2017, fundou a Music2Mynd, empresa voltada ao agenciamento artístico e marketing de influência digital.
Preta usava sua visibilidade para defender pautas como a valorização da autoestima feminina, a diversidade racial, os direitos LGBTQIA+ e a legalização do aborto. Em sua autobiografia lançada em 2024, “Preta Gil: Os Primeiros 50”, destacou a importância de representar mulheres negras e bissexuais na indústria do entretenimento.
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Câncer e enfrentamento público da doença
Mesmo durante o tratamento contra o câncer, Preta se manteve ativa nas redes sociais e em apresentações pontuais. Participou da turnê “Nós, A Gente”, com a família Gil, e da despedida de Gilberto Gil dos palcos, “Tempo Rei”. “Estou enfraquecida, mas cada noite é uma dose de adrenalina, amor e afeto”, declarou em entrevista à imprensa.
Em agosto de 2023, a artista revelou que o câncer havia se espalhado, atingindo linfonodos, o peritônio e o ureter. Apesar do agravamento da doença, manteve contato transparente com o público até seus últimos dias.
Nota do Ecad
“O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) lamenta a morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, neste domingo (20/07). A instituição se solidariza, neste momento de tristeza, com seus familiares, amigos e fãs.
Filha de um dos maiores nomes da nossa cultura, Gilberto Gil, Preta construiu sua própria trajetória artística, marcada por autenticidade, coragem e uma incansável defesa da liberdade e da diversidade. A artista deixa um legado de 12 obras musicais e 271 gravações cadastradas na gestão coletiva da música no Brasil“.
