As autoridades indianas confirmaram a recuperação de uma das duas caixas-pretas do voo AI 171 da Air India, que caiu na quinta-feira (12) logo após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste do país. A tragédia deixou 265 mortos, incluindo 241 dos 242 ocupantes da aeronave e pelo menos 24 vítimas em solo.
Ainda não foi informado se o equipamento localizado é o CVR (gravador de voz da cabine) ou o FDR (gravador de dados do voo). Equipes de resgate e investigadores continuam a busca pela segunda caixa-preta entre os destroços.
O Boeing 787-8 Dreamliner caiu menos de um minuto após a decolagem, quando seguia para o aeroporto de Gatwick, em Londres. Imagens amadoras mostram a aeronave perdendo sustentação rapidamente antes de se chocar contra uma área residencial próxima à cabeceira da pista. Uma bola de fogo se formou no impacto, atingindo inclusive um alojamento de médicos e estudantes da Faculdade de Medicina B.J.
Sobrevivente e identificação das vítimas
Um passageiro, Vishwash Kumar Ramesh, sobreviveu ao desastre e está hospitalizado com ferimentos. “Pensei que morreria, mas depois abri os olhos e percebi que estava vivo”, declarou à TV estatal DD News.
Até o momento, 265 corpos foram localizados, mas o número final de mortos será confirmado apenas após exames de DNA, segundo o ministro do Interior da Índia, Amit Shah. Ele visitou o local do acidente nesta sexta-feira (13) e também encontrou o sobrevivente no hospital.
Entre as vítimas estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. A aeronave transportava 230 passageiros e 12 tripulantes.
Perfil da tripulação
O comandante Sumeet Sabharwal, de 60 anos, era um piloto experiente, com mais de 8,2 mil horas de voo, e também atuava na formação de novos capitães. Ele estava próximo da aposentadoria. O copiloto Clive Kundar somava 1,1 mil horas de voo.
O Boeing 787-8 Dreamliner, considerado uma das aeronaves mais modernas da frota da Boeing, nunca havia se envolvido em um acidente fatal até então.