
A recente venda de ativos do empresário Daniel Vorcaro ao BTG Pactual, no valor aproximado de R$ 1,5 bilhão, marca uma virada estratégica na trajetória do Banco Master. A operação, concluída nesta semana, tem como principal finalidade fortalecer a base de capital da instituição, que se prepara para uma nova fase de expansão e consolidação no setor financeiro.
O pacote negociado inclui participações acionárias relevantes — como 15,17% da Light e 8,12% da Méliuz — além do edifício do Hotel Fasano Itaim, em São Paulo, avaliado em cerca de R$ 400 milhões, e outros ativos financeiros e creditórios.
A venda foi estruturada após um processo competitivo que atraiu propostas do BTG e da J&F Investimentos. A escolha final levou em conta não apenas os valores apresentados, mas a velocidade de execução e o conhecimento prévio do BTG sobre os ativos. As tratativas envolveram cerca de 50 profissionais e foram conduzidas por Alexandre Câmara, da área de operações especiais do BTG.
Para analistas de mercado, a operação representa um movimento de reorganização patrimonial, com foco em liquidez, fortalecimento institucional e transparência — pontos centrais para o avanço da venda de parte do Banco Master ao BRB. A transação com o BRB envolve 58% do capital da instituição e aguarda trâmites regulatórios para ser concluída.
A condução da venda e a robustez dos ativos reforçaram a reputação de Daniel Vorcaro entre os principais nomes do setor. Segundo relatos próximos à negociação, André Esteves, sócio sênior do BTG, chegou a afirmar que Vorcaro é “um dos mais habilidosos empresários do país”— um reconhecimento que ecoa entre operadores e investidores do mercado financeiro nacional.
A operação é vista como estratégica, tanto para o avanço institucional do Banco Master quanto para a reorganização dos ativos sob gestão de Vorcaro.