A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (7), a Operação Litus. Os agentes buscam combater crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Houve a prisão de onze pessoas, e blolqueio de diversos bens de alto valor, como imóveis e veículos.
A ofensiva, conduzida pela Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) de Canoas, conta com apoio de aproximadamente 150 policiais civis. A investigação, que durou cerca de um ano, teve início após a prisão de dois homens por posse de arma de fogo de uso restrito em Osório, em março de 2024.
Ao todo, houve o cumprimento de 75 medidas cautelares. Dentre elas, mandados de busca e apreensão, prisões preventivas, bloqueios de contas bancárias e quebras de sigilo bancário e fiscal. As ações ocorreram em Canoas, Alvorada, Portão, Arroio dos Ratos, Charqueadas, Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa; em Palmitos e São José, em Santa Catarina.
Quadrilha queria se instalar perto de autoridades
Conforme a Polícia, o grupo criminoso tem origem no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, e atua principalmente em Canoas e no Litoral Norte, sendo investigado por crimes como homicídio, tráfico e extorsão.
O delegado Gustavo Bermudes explicou que os lucros obtidos com atividades criminosas eram usados para adquirir imóveis no Litoral Gaúcho, posteriormente alugados por plataformas digitais. Um dos alvos chegou a comprar um terreno em condomínio de alto padrão em Tramandaí com a intenção de se estabelecer próximo a autoridades públicas.
De acordo com o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia Regional de Polícia Metropolitana, a operação causou um impacto significativo contra o crime organizado, ao retirar armas de circulação, bloquear bens de luxo e prender indivíduos considerados de alta periculosidade. A operação também frustrou tentativas do grupo de consolidar uma vida de fachada no litoral usando recursos oriundos de crimes.