IGREJA CATÓLICA

Contagem regressiva para conclave inicia com juramentos de confidencialidade

Funcionários da Santa Sé iniciam juramento de confidencialidade antes do início da escolha do sucessor de Francisco.

O Vaticano iniciou, nesta segunda-feira (5), os preparativos finais para o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco. A reunião dos cardeais, marcada para começar no próximo dia 7 de maio, será precedida por sessões ampliadas de debate e pelo juramento de sigilo dos funcionários da Santa Sé.

Nesta segunda, os cardeais realizam duas congregações gerais, uma pela manhã e outra às 17h (horário local). Na terça-feira (6), está prevista apenas uma sessão matinal. Uma segunda reunião pode ser adicionada à tarde, segundo informou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.

Em paralelo às reuniões, os chamados “oficiais e assistentes do conclave” prestam juramento de confidencialidade na Capela Paolina, no Palácio Apostólico. A cerimônia segue as diretrizes do “Ordo Rituum Conclavis”, texto oficial que define o protocolo para a eleição papal.

Entre os convocados para o juramento estão religiosos, funcionários técnicos, médicos, enfermeiros, responsáveis pela alimentação, limpeza, transporte e segurança. Todos deverão prometer sigilo absoluto sobre qualquer aspecto ligado à eleição do novo pontífice.

O cardeal Kevin Joseph Farrell, atual camerlengo, conduzirá a cerimônia de juramento, acompanhado de duas testemunhas. O texto reforça o compromisso de confidencialidade durante e após o processo eleitoral, vedando qualquer interferência externa.

133 cardeias têm direito a voto

Os 133 cardeais com direito a voto também deverão jurar respeitar a constituição apostólica “Universi Dominici Gregis”, escrita por João Paulo II, que rege os procedimentos do conclave e a escolha do papa. O objetivo, segundo a Igreja, é garantir liberdade, integridade e legitimidade ao processo.

Em declaração recente, o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, afirmou que espera um novo papa que combine virtudes dos últimos pontífices. Segundo ele, o ideal seria unir o carisma de Francisco, a intelectualidade de Bento XVI e a coragem de João Paulo II.

A expectativa é de que o conclave tenha curta duração, mas o resultado dependerá do consenso entre os cardeais eleitores.