Cotidiano

Estado Islâmico assume atentado com 84 mortes e mais de 300 feridos em Nice

Mais de 300 pessoas ficaram feridas no ataque em Nice, na França, informou o Ministério da Saúde do país neste sábado.

Mais de 300 pessoas ficaram feridas no ataque terrorista em Nice, na França, informou o Ministério da Saúde do país neste sábado (16). Na noite da última quinta-feira, um caminhão avançou contra uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha, em Nice, na França. Pelo menos 84 pessoas morreram.
“Como resultado do ataque terrorista em Nice, na noite de 14 de julho, um total de 303 pacientes foram atendidos em hospitais tanto de Nice quanto nas cidades vizinhas. Entre os 303 pacientes, 121 ainda estão em hospitais, inclusive 30 crianças no hospital de Lenval. Vinte e seis pessoas ainda estão em tratamento intensivo, inclusive cinco crianças”, diz o comunicado.

Estado Islâmico assume atentado

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado. Por meio de sua agência de notícias, a “Amaq”, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque da última quinta-feira (14) em Nice, no sul da França, que deixou 84 pessoas mortas.
Segundo a publicação, o motorista do caminhão usado no massacre, o franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, é “um dos soldados” do EI. “Ele conduziu essa operação em resposta aos apelos para atingir a população dos Estados da coalizão que combate o Estado Islâmico”, diz o órgão.

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Essa hipótese já vinha sendo cogitada desde o ataque e ganha força com a reivindicação da milícia jihadista. Por outro lado, o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que Bouhlel não se distinguiu nos últimos anos por sua “adesão ideológica ao islamismo radical”. “Mas parece que ele se radicalizou muito rapidamente”, acrescentou.
Fontes próximas ao inquérito que apura as motivações do ataque declararam ao jornal “Le Figaro” que ainda não há nenhuma prova concreta de que o agressor tenha jurado fidelidade ao EI, como fazem de costume os terroristas antes de morrerem como “mártires”.
Os investigadores estão realizando um minucioso trabalho nos aparelhos eletrônicos encontrados na casa de Bouhlel, porém até o momento não identificaram nenhum elemento relativo a um possível interesse pela jihad.
Sua irmã, Rabeb Bouhlel, afirmou ao mesmo diário que ele sofria de “problemas psicológicos” e havia consultado diversos especialistas na Tunísia. O agressor se mudou para a França em 2011 e virou cidadão do país graças a seu casamento, encerrado pouco antes do ataque em Nice.
Ele tinha três filhos, e amigos o descreveram como um homem solitário, não muito religioso e que sequer havia completado o último Ramadã, mês durante o qual os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr do sol.